Relações bilaterais

Lula se reúne com conselheiro de Segurança Nacional dos EUA e deve visitar Biden em janeiro

“Estou animado para conversar com o presidente Biden e aprofundar a relação entre nossos países”, comentou o presidente eleito após o encontro

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Lula e Sullivan: segundo chanceler, reunião tratou de situação interna, temas regionais e 'trumpismo-bolsonarismo'

São Paulo – O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu nesta segunda-feira (5), em um hotel em Brasília, com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan. Ele estava acompanhado do ex-chanceler Celso Amorim, de Fernando Haddad, cotado para assumir o Ministério da Fazenda, e do senador Jaques Wagner (PT-BA), que pode assumir as Relações Exteriores.

Amorim afirmou à imprensa, após o encontro, que Lula e Sullivan falaram de uma possível visita de Lula ao presidente Joe Biden. O presidente eleito se manifestou no Twitter. “Recebi hoje do conselheiro de segurança norte-americano Jake Sullivan o convite do presidente Joe Biden  para visitá-lo na Casa Branca. Estou animado para conversar com o presidente Biden e aprofundar a relação entre nossos países”, escreveu.

Data em aberto

Participaram também do encontro de cerca de duas horas Juan Gonzales, assessor do governo dos EUA para América Latina, Ricardo Zúñiga, vice-secretário de Estado para assuntos de Hemisfério Ocidental, e Douglas Koneff, encarregado de negócios da embaixada no Brasil. Celso Amorim deixou em aberto a definição da data em que o brasileiro irá aos Estados Unidos, mas sinalizou que o encontro com Biden deve ocorrer somente em janeiro, devido às intensas negociações para a formação do novo governo.

“O presidente Lula comentou a situação interna, negociações diversas que estão ocorrendo, e disse que talvez não desse. Valorizou muito o fato, mas disse que talvez não desse. Ele (Lula) acha que dá para ir no início do ano, em uma visita oficial como presidente”, afirmou o ex-chanceler. O petista assume a Presidência da República em 1° de janeiro.

Segundo Amorim, a conversa entre o presidente eleito e o assessor de Biden “foi muito ampla”. Constaram do diálogo “temas regionais, globais, mundiais, ligados à cooperação de desenvolvimento, cooperação de tecnologia, sobretudo de desenvolvimento verde, cooperação científica e tecnológica que os Estados Unidos podem também emprestar ao Brasil e que também podem aprender com o Brasil. E também sobre temas mundiais”.

G20 e mudanças climáticas

Além disso, Amorim acrescentou que “falou-se muito” sobre o G20. Foram discutidas as questões  das mudanças climáticas, a guerra na Ucrânia, a reforma do Conselho de Segurança da ONU, entre outras. E também foram feitas comparações entre trumpismo e bolsonarismo.

Antes do encontro, Lula escreveu no Twitter que em nome do “compromisso de fazer o país voltar a crescer, e para isso vamos conversar com todos”. Está previsto também um encontro entre Sullivan e Jair Bolsonaro, que terá a presença do secretário Especial de Assuntos Estratégicos, almirante Flávio Rocha.


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