Biden liga para Lula e elogia ‘força’ das instituições democráticas
Em conversa que durou 20 minutos, presidente dos EUA e novo presidente eleito do Brasil Lula trataram de “desafios comuns”, como o combate à fome e às mudanças climáticas, além da promoção da democracia
Publicado 31/10/2022 - 18h25
São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ligou nesta segunda-feira (31) para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A conversa entre ambos durou cerca de 20 minutos, de acordo com o governo norte-americano. Além da importância da democracia, a cooperação entre os dois países e os desafios na defesa do meio ambiente estiveram entre os temas tratados.
“Os dois líderes discutiram o forte relacionamento entre os EUA e o Brasil e se comprometeram a continuar trabalhando como parceiros para enfrentar desafios comuns, incluindo o combate às mudanças climáticas, salvaguarda da segurança alimentar, promoção da inclusão e democracia e gestão da migração regional”, diz a nota do governo norte-americano.
Pelas redes sociais, Lula também destacou a conversa com Biden.
Conversei hoje por telefone com o presidente dos Estados Unidos, @JoeBiden. Falamos sobre o fortalecimento da democracia no Brasil, a preservação do meio ambiente e a nossa vontade de ampliarmos a cooperação entre os nossos países 🇧🇷🇺🇸
— Lula 13 (@LulaOficial) October 31, 2022
Ainda ontem, logo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciar a vitória de Lula, Biden felicitou o ex-presidente. “Envio os parabéns a Luiz Inácio Lula da Silva pela vitória em uma eleição livre, justa e digna de confiança. Espero que possamos trabalhar juntos e manter a cooperação entre nossos dois países nos próximos meses e anos que virão pela frente”, escreveu Biden, pelo Twitter.
I send my congratulations to Luiz Inácio Lula da Silva on his election to be the next president of Brazil following free, fair, and credible elections. I look forward to working together to continue the cooperation between our two countries in the months and years ahead.
— President Biden (@POTUS) October 31, 2022
Democratas parabenizam Lula
Do mesmo modo, outros expoentes do Partido Democrata também se pronunciaram sobre a vitória de Lula. O ex-presidente Bill Clinton enviou “calorosas felicitações” ao candidato vencedor. Além disso, ele afirmou que o povo brasileiro “deve se orgulhar do seu processo eleitoral confiável e pacífico”.
Warm congratulations to @LulaOficial for his victory in Brazil’s free and fair presidential election. The people of Brazil should be proud of their credible, peaceful election process. 🇧🇷
— Bill Clinton (@BillClinton) October 31, 2022
Vice de Clinton, Al Gore foi na mesma linha. Ele afirmou que a vitória de Lula representa um “significante ponto de virada” para o futuro do Brasil. “O mundo espera uma liderança renovada do Brasil na condução de soluções para a crise climática e na contenção da perda de biodiversidade”, destacou.
I offer my congratulations to President-elect Lula da Silva. The world looks forward to renewed leadership from Brazil in driving the solutions to the climate crisis and halting biodiversity loss. (2/2)
— Al Gore (@algore) October 30, 2022
O senador Bernie Sanders, da ala mais progressista do partido, também celebrou a vitória de Lula. “O povo do Brasil votou pela democracia, pelos direitos dos trabalhadores e pela sanidade ambiental”, disse o parlamentar. Ele disse ainda que espera um relacionamento “forte e próspero” entre o Brasil e os Estados Unidos.
The people of Brazil have voted for democracy, workers’ rights and environmental sanity. I congratulate @LulaOficial on his hard fought victory and look forward to a strong and prosperous relationship between the United States and Brazil. https://t.co/fwENP7kxs7
— Bernie Sanders (@BernieSanders) October 30, 2022
Por outro lado, o ex-presidente Barack Obama, bem como a ex-secretária de Estado e ex-candidata à presidência Hillary Clinton não haviam se pronunciado até o fim da tarde de hoje pelo horário de Brasília. Foi durante o governo Obama que o site Wikileaks divulgou um escândalo mundial de espionagem comandado pela Agência de Segurança Nacional (NSA – em inglês). Dentre os alvos da ação, estavam a ex-presidenta Dilma Rousseff e a Petrobras.
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