São Paulo – Em postagens nas redes sociais sobre o aniversário de 42 anos do PT, nesta quinta-feira (10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva promete que 2022 “é o ano da ressurreição do PT, do Lula e da verdade nesse país”. O partido surgiu da união entre sindicalistas, setores ligados à Teologia da Libertação da Igreja Católica, intelectuais, artistas e opositores da ditadura militar.

Pela data, a legenda promove na noite de hoje um ato político em São Paulo, em que reúne suas principais lideranças. O evento terá transmissão pelas redes sociais. Na ocasião, serão lançados os comitês populares de mobilização. O ato político ocorre a partir das 18h, e terá as presenças de Lula, da presidente da legenda, da deputada Gleisi Hoffmann (PR), da ex-presidente Dilma Housseff e do ex-prefeito Fernando Haddad.

O Partido dos Trabalhadores tem a preferência de 28% dos eleitores, segundo pesquisa divulgada no final de dezembro pelo Datafolha. Em segundo lugar, PSDB e MDB aparecem com 2%, enquanto Psol, PDT têm 1% e os demais partidos não pontuam.

5 mil comitês populares: o plano para eleger Lula e reconstruir o Brasil

“Nós fomos criados para falar por aqueles que não tinham nem vez e nem voz, nós nascemos para defender os direitos da classe trabalhadora, nós nascemos para tentar provar ao mundo que era possível construir um país mais justo socialmente, mais humano, mais democrático, e que as pessoas mais pobres iriam subir alguns degraus de ascensão na vida social”, postou Lula nas redes sociais. “Eles sempre fizeram para poucos. Nós fazemos para todos”, acrescentou.

Na pesquisa de intenção de votos Genial/Quaest para a Presidência da República, divulgada na quarta-feira (9), Lula lidera com 45%, o que representa percentual maior do que a soma de todos os adversários, que têm juntos 42%. Se a eleição fosse hoje, ele se elegeria no primeiro turno. Além disso, segundo o levantamento, 75% dos que dizem votar em Lula dizem já estar com a opinião consolidada.

Segundo o levantamento, mais da metade dos eleitores considera a escolha do voto definitiva. Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo, com 23%, seguido do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), ambos com 7%. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o deputado federal André Janones (Avante-MG) vêm depois, com apenas 2% cada um. A senadora Simone Tebet (MDB) tem 1%.

Lula ultrapassa Bolsonaro em popularidade nas redes sociais

Agenda

Com agenda cheia, Lula tem conversado com especialistas de vários setores sobre propostas que possam reverter o desmonte das políticas públicas do país pelo governo Jair Bolsonaro. Na terça-feira (8), em reunião presencial-virtual, o diálogo foi com ex-ministros como Fernando Haddad (Educação) e Sérgio Resende (Ciência e Tecnologia), entre outros nomes dessas áreas. “É preciso fazer a sociedade entender o que está acontecendo. O que a gente fez não pode voltar à estaca zero”, disse o ex-presidente. Nesta sexta-feira (11), o ex-presidente se reúne com especialistas para discutir a situação da economia e o impacto da inflação na vida das pessoas.

PT e PSB voltam a se reunir nesta quinta em busca de superar impasses