Batalha judicial

Justiça do Rio mantém prisão preventiva de acusados pela morte de Marielle Franco

Juiz acolheu pedido do Ministério Público Federal contra recurso de advogados de defesa. Delegado que comandou inquérito sobre a morte de Marielle assume o comando da PF no Rio

Reprodução / TV Globo
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Lessa e Queiroz tiveram prisão preventiva mantida nesta segunda-feira

São Paulo – A 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou recurso da defesa e manteve em prisão preventiva o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Queiroz, acusados da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, região central da cidade. 

No carro também estava uma assessora de Marielle, que saiu ilesa, sem ser atingida por nenhum disparo. A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça e o motorista, por três. A arma usada no crime foi uma submetralhadora HK MP5 de fabricação alemã.

O juiz Gustavo Gomes Kalil acolheu o pedido do Ministério Público estadual, que se manifestou contra o pedido dos advogados de acusados de Lessa Queiroz, que alegavam excesso de prazo para marcar o julgamento. No entanto, o juiz entendeu que a demora se devia “aos sucessivos recursos contra a sentença de pronúncia”.

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Em 20 de novembro do ano passado, o magistrado já tinha negado um pedido da defesa dos réus pelo mesmo argumento, dizendo que os sucessivos recursos de defesa eram a causa da demora na conclusão do processo.

Polícia Federal

O delegado da Polícia Federal Leandro Almada da Costa, que em 2019 comandou o inquérito da PF que apontou que houve interferência na apuração do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assumiu nesta segunda-feira (6), como novo superintendente regional da Polícia Federal no Estado do Rio.

Ele ocupava o mesmo cargo na Bahia e chegou à capital fluminense para ocupar a vaga de Ivo Roberto Costa da Silva, indicado no governo de Jair Bolsonaro. Ivo Roberto ficou menos de seis meses no cargo.

Segundo informações do Estadão, em seu discurso de posse, Leandro Almada declarou que comandar a superintendência da PF no Rio “será o maior desafio profissional” de sua vida e que tem “plena consciência que a tarefa não será nada fácil”. Ele destacou os problemas crônicos da segurança pública no Estado e disse que, sob sua gestão, a PF irá priorizar investigações contra agentes públicos.


Com informações da Agência Brasil e Estadão