Bolsonarismo

Justiça do DF condena bolsonaristas que tentaram explodir bomba no aeroporto de Brasília

Gerente de postos de combustíveis George Washington e taxista Alan Diego dos Santos continuarão presos e não poderão recorrer em liberdade

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George Washington confessou a intenção de explodir a bomba no aeroporto e foi condenado 9 anos e 4 meses

São Paulo – O juiz da 8ª Vara Criminal de Brasília, Osvaldo Tovani, condenou os dois bolsonaristas acusados de montar e tentar plantar uma bomba na entrada do Aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro passado. O magistrado determinou pena em regime fechado. Estes são os primeiros terroristas condenados em decorrência de atos antidemocráticos bolsonaristas depois da eleição de Lula. O processo foi considerado muito rápido.

O gerente de postos de combustíveis George Washington de Oliveira Sousa foi condenado a 9 anos e 4 meses de reclusão. Vindo do Pará, ele confessou a intenção de explodir a bomba no aeroporto. Foi preso no dia seguinte, dia de Natal, em um apartamento no Sudoeste, região central do Distrito Federal.

E o taxista Alan Diego dos Santos Rodrigues pegou 5 anos e 4 meses de reclusão. Inicialmente ele foi considerado foragido da Justiça, mas se entregou à polícia em Comodoro, a 677 km de Cuiabá, em 17 de janeiro.

Com a decisão, ambos vão continuar encarcerados. Como responderam ao processo presos, não poderão recorrer em liberdade. “As circunstâncias dos fatos indicam periculosidade concreta, presente, ainda, a necessidade de preservar a ordem pública, mantenho a prisão preventiva de ambos os acusados”, escreveu o juiz Osvaldo Tovani na sentença.

Acampamento bolsonarista

Segundo a investigação, ambos se conheceram no acampamento bolsonarista em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) apontou que George montou o artefato. A Alan Diego cabia a função de instalar o explosivo em um caminhão de combustível carregado de querosene de aviação.

O atentado teria falhado por causa de um erro de montagem da bomba. O motorista do caminhão em que ela foi instalada percebeu o artefato no veículo e chamou a Polícia Militar, que detonou o explosivo.

“Crime consumado”

Para a condenação dos bolsonaristas que tentaram detonar uma bomba na entrada do aeroporto de Brasília, o juiz desconsiderou que o crime não tenha sido consumado com a explosão.  “Em que pese não ter havido detonação da carga explosiva e, por consequência, a explosão, segundo a perícia, por erro de montagem, trata-se de crime consumado, o que afasta a tese de crime impossível”, diz o magistrado.

Ele considerou que “o conjunto probatório é seguro para a condenação”. Apontou ainda que o crime foi premeditado, ressaltando que “as emulsões explosivas vieram do Pará, a pedido do acusado George, na posse de quem foram apreendidas cinco emulsões explosivas”.


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