São Paulo – Pesquisa Ipec (ex-Ibope) para o governo de São Paulo divulgada na noite desta terça-feira (30) mostra o ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad (PT) consolidado na liderança. Ele marcou 32%, três pontos a mais do que no levantamento anterior, há duas semanas, oscilando dentro da margem de erro. Em segundo lugar, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) saltou de 12% para 17%. O atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), cresceu apenas um ponto, para 10%.

Mais atrás, no cenário estimulado, Carol Vigliar (Unidade Popular), marcou 2%, mesmo índice do levantamento anterior. Altino Júnior (PSTU), Elvis Cezar (PDT), Antônio Jorge (DC), Gabriel Colombo (PCB) e Vinicius Poit (Novo) têm 1%. Brancos e nulos somam 15% (antes eram 23%) e não souberam, 20% (antes, 16%). 

No detalhamento dos dados da pesquisa, Haddad vai melhor na região metropolitana de São Paulo (36%) do que no interior (27%). Tarcísio, candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), se destaca entre os eleitores com renda familiar superior a cinco salários mínimos (29%).

Já Garcia chega a 28% entre o eleitorado que avalia seu governo como ótimo ou bom. Nesse sentido, 26% consideram sua gestão ótima ou boa (antes eram 17%), 39% opinaram que é regular (eram 47%) e 19% declararam ser ruim ou péssima (eram 23%). Outros 16% não souberam opinar (eram 13%).

A pesquisa também voltou a explorar a rejeição dos candidatos. Por ser o mais conhecido, Haddad é também o mais rejeitado, com 32%, mesmo índice do levantamento anterior. Tarcísio viu subir sua rejeição, de 12% para 14%, na margem de erro. Em relação a Garcia, por outro lado, sua rejeição caiu de 11% para 8%.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, quando não é apresentada a lista com os candidatos, Haddad também lidera, com 14%. Em segundo lugar, Tarcísio tem 11%. Mais atrás, Garcia ficou com 4%. Os demais candidatos listados na pesquisa estimulada não pontuaram. Outros nomes somaram 3%. Brancos e nulos são 10%. Mas chama a atenção, principalmente, o alto índice de eleitores, 59%, que não souberam responder espontaneamente.

Segundo turno

Numa eventual disputa em segundo turno contra Tarcísio, Haddad venceria, por 47% a 31%. Brancos e nulos ficaram em 12%, e outros 10% não sabem. Contra Garcia, Haddad mantém os 16 pontos de distância, vencendo por 45% a 29%. Nesse cenário, brancos e nulos sobem para 16%, e os mesmos 10% não sabem.

Por outro lado, numa improvável votação sem Haddad, o cenário é de empate técnico. Tarcísio teria 31%, ante 28% de Garcia. Brancos e nulos sobem ainda mais, para 22%. E os que não sabem alcançam 19%.