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Há 13 anos surgia a Revista do Brasil, precursora da RBA e parceira das novas mídias

Publicação foi ponto de partida para a plataforma que culmina na RBA e se une às novas mídias do século 21 na batalha da informação em defesa da democracia

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São Paulo – A Revista do Brasil completa 13 anos neste 12 de junho com um acervo de publicações gravado na história da mídia independente do país. Lançado na noite de uma segunda-feira, Dia dos Namorados, o projeto foi uma inovação dentro do chamado sindicalismo cidadão. Um conceito de ativismo segundo o qual as entidades de representação se convenceram de que, para mudar de fato a vida dos trabalhadores, é preciso mais do que atuar em seus locais de trabalho.

É preciso convidá-los a refletir seus direitos, suas possibilidades, seus sonhos e seu futuro também como parte de uma sociedade. Entender como funcionam sua cidade, seu estado, seu país. E seu papel para que esse conjunto funcione a serviço da coletividade, sem perder de vista os direitos e liberdades individuais. O acesso à informação é um dos direitos humanos fundamentais.

Dezenas de outras entidades de trabalhadores de várias regiões e categorias abraçaram a ideia na ocasião – professores, químicos, dos setores de energia e de serviços, entre outros. O primeiro número da Revista do Brasil trazia, então, em seu editorial, o objetivo de levar informação para quem não tem acesso, ou para quem tem acesso, mas não está satisfeito com o que recebe da imprensa comercial tradicional. A política, a economia, o mundo do trabalho, a cultura, as mudanças comportamentais, a sexualidade, a saúde, a geografia e o ambiente dos vários lugares do Brasil e do mundo. A defesa intransigente dos direitos humanos, da cidadania e da democracia.

Todos esses componentes fazem parte da contribuição desse projeto para que os trabalhadores, cidadãos, formulem sua própria opinião sobre o mundo. E guiaram os sindicatos na expansão desse empreendimento para a internet, o rádio e a televisão. Em maio de 2009, foi criada esta RBA – que agora hospeda o conteúdo digital da revista. No ano seguinte, veio a outorga da concessão da TVT, a primeira em canal aberto a ser gerida por entidades de trabalhadores. E dois anos depois, veio a outorga da FM 98,9 para a Rádio Brasil Atual – que consolida um projeto de radiodifusão alternativo iniciado na década anterior.

Nas últimas semanas, por ocasião dos 10 anos da RBA, o projeto recebeu os cumprimentos de uma ampla diversidade de leitores. Jornalistas, intelectuais, artistas e ativistas culturais, parlamentares, lideranças sindicais, sociais, de estudantes e da juventude. Um saboroso reconhecimento do papel desta imprensa na batalha da comunicação, travada ao lado de novas tribos, mídias e comunicadores desde o início deste século turbulento. Em trincheiras diversas, mas tendo como causa comum a informação a serviço da democracia e do avanço civilizatório.

A RBA agradece e compartilha as mensagens recebidas

Parte 1. Laurindo Lalo Leal Filho (professor, USP), Ivone Silva (Sindicato dos Bancários de São Paulo), Fernando Moraes (jornalista e escritor, Nocaute), Sâmia Bonfim (vereadora Psol, São Paulo), Alexandre Padilha (ex-ministro da Saúde, deputado federal PT-SP), Renata Mielli (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação), Juca Kfouri (jornalista TVT, UOL, ESPN, CBN)

Parte 2. José Trajano (jornalista, TVT), Marcia Tiburi (escritora), Altamiro Borges (Barão de Itararé), Pastor Ariovaldo (líder evangélico), Preta Ferreira (ativista cultural), Luis Nassif (jornalista Jornal GGN), Juvandia Moreira (Contraf-CUT), Natália Bonevides (deputada federal, PT-RN)

Parte 3. Ana Cañas (música), Renan Quinalha (advogado, professor), Adriana Magalhães (CUT-SP), Rogério Sottili (Instituto Vladimir Herzog), Ana Júlia Ribeiro (líder estudantil), Luiz Cláudio Marcolino (sindicalista bancário, idealizador da Revista do Brasil)

Parte 4. Gleisi Hoffmann (presidenta nacional do PT), Américo Sampaio (Rede Nossa São Paulo). André Vieira (jornalista Telesur), Débora da Silva (Mães de Maio), Jair Ferreira (Federação das Associações de Pessoal da Caixa), Alencar Santana (deputado federal PT-SP)

Parte 5. Bia Barbosa (Coletivo Intervozes), Edson Carneiro Índio (Intersindical), Jessy Dayane (vice-presidenta da UNE), Joaquim de Carvalho (jornalista, DCM), Bia Cerqueira (deputada estadual PT-MG)

Parte 6. Clemente Ganz Lúcio (Dieese), Mário Magalhães (escritor e jornalista, The Intercept Brasil), Margarida Salomão (ex-reitora da UFJF e deputada federal PT-MG), João Pedro Stedile (MST), Wagner Santana (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC)

Parte 7. Admirson Greg (CUT), Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania),  João Carlos Gonçalves, Juruna (Força Sindical), Marcio Pochmann (economista, professor da Unicamp), Rodrigo Ratier (jornalista e professor da Cásper Líbero)

Parte 8. Natália Bonevides, deputada federal (PT-SP) e Ana Estela Haddad (professora da Faculdade de Odontologia da USP)

Galeria de capas das edições impressas