na rede

Golpe é para promover arrocho e reduzir direitos dos trabalhadores, diz Dilma

Em conversa com internautas, presidenta destacou que governo provisório quer 'rasgar a CLT' e coloca direitos como 13º salário em risco

Roberto Stuckert Filho/PR

‘Para nós, os direitos trabalhistas inscritos na CLT são a base e devem ser preservados integralmente’

São Paulo – Em conversa com os internautas ontem (7) pela sua página na rede social Facebook, a presidenta Dilma Rousseff, acompanhada do ex-ministro do Trabalho Miguel Rossetto, afirmou que um dos objetivos para a arquitetura do golpe que pode levar ao seu impeachment é provocar arrocho salarial e reduzir direitos conquistados em lutas históricas da classe trabalhadora. “O que é mais grave é que eles querem acabar também com a política de valorização do salário minimo, que deu um ganho real acima da inflação de 76% desde 2006″, destacou.

Para eles, reforma trabalhista ou flexibilização das relações de trabalho significam perda de direitos e conquistas. Quando falam em reforma trabalhista ou em flexibilização das relações de trabalho, o que buscam é rasgar a CLT”, denunciou a presidenta. “Para nós, os direitos trabalhistas inscritos na CLT são a base e devem ser preservados integralmente.”

Outra questão importante é o fato de que 70% dos aposentados ganham um salário mínimo e eles querem também desvincular as aposentadorias de 23 milhões de brasileiros e brasileiras do salário mínimo, o que vai resultar naquilo que acontecia na época do FHC: perda absoluta do poder de compra das aposentadorias pagas àqueles que trabalharam a vida inteira pelo Brasil.”

Dilma alertou que a chamada Ponte para o Futuro, o programa oficioso do governo interino, prevê sacrifícios dos trabalhadores e que se trata de uma receita velha que não deu certo em outros países. Entre os direitos que não estão garantidos, Dilma destacou o 13º salário, lembrando que o governo interino já anunciou a suspensão da antecipação de parcela desde direito para os aposentados.

A crise atual pode ser superada sem impôr a conta aos trabalhadores. Para nós não são os trabalhadores que devem pagar o pato. A renda dos trabalhadores, por exemplo, quando cresce, amplia o mercado interno e dinamiza a economia, estimulando a produção e ampliando o lucro das empresas”, afirmaram Dilma e Rossetto.