busca e apreensão

Em nova fase da Operação Lesa Pátria, PF mira financiadores do 8 de Janeiro

Na fase desta quinta-feira, não houve mandados de prisão, apenas de buscas e apreensões, dos quais 19 no Paraná. Operação é “permanente”

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil
STF foi o principal alvo do ódio de criminosos e vândalos, que produziram provas contra si mesmos

São Paulo – A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), a 11ª fase da Operação Lesa Pátria, e cumpre, ao todo, 22 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal (STF), nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. As informações são da própria PF em sua página na internet.

A corporação informou que “foi determinado” (por Moraes) o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados até o limite de R$ 40 milhões, para cobertura e ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público.

Entre os alvos, segundo o jornal O Globo, está o empresário Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju (MS). É dono de uma empresa de materiais de construção e está na lista da Advocacia Geral da União (AGU) como o patrocinador de uma caravana da pequena cidade que levou 56 pessoas a Brasília no dia do ataque. Outro alvo é o empresário e produtor rural Geraldo Cesar Killer, de Bauru (SP).

De acordo com o portal Metrópoles, a maioria dos alvos é constituída de pessoas ligadas ao agronegócio no interior do Paraná. Houve flagrantes de posse irregular de armas de fogo e apreensão de dinheiro em espécie e veículos de luxo.

Na fase de hoje, não houve mandados de prisão. Da busca e apreensão, 19 são executados no Paraná. Os fatos que justificam a operação configuram os seguintes crimes:

  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado;
  • associação criminosa;
  • incitação ao crime;
  • destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

“As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”, diz a PF.

Número de réus deve chegar a 800

Na madrugada desta terça-feira (9), o STF iniciou o julgamento do quarto grupo de investigados pelos ataques golpistas realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 8 de janeiro, em Brasília.

Primeiro a votar, o relator, Alexandre de Moraes, se manifestou a favor das acusações contra novo grupo de 250 pessoas. O número de réus pode chegar a 800. Na segunda (8), o tribunal confirmou maioria para tornar réus mais 250 pessoas, elevando o total de investigados já tornados réus a 550. 

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