São Paulo – O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira (13) que vai acabar com a aprovação automática nas escolas. Em entrevista ao SPTV 1ª Edição, da TV Globo paulista, o senador defendeu a valorização dos professores e a criação de aulas de reforço para melhorar o desempenho dos alunos.

Para Mercadante, o aprendizado dos estudantes está comprometido pelo modelo de adoção da progressão continuada que, segundo ele, converteu-se em aprovação automática. “Você não recupera esse tempo perdido. Os anos que se foram você depois não tem como resgatar depois. Uma geração que está sendo prejudicada”, disse. Para ele, a adoção de avaliações poderia ajudar a solucionar o problema.

O apresentador Chico Pinheiro incluiu, em sua pergunta sobre educação, uma crítica à gestão do PT na prefeitura da capital (de 2001 a 2004). Ele lembrou que a prefeita Marta Suplicy não havia acabado com as chamadas “escolas de lata” – salas de aula construídas com placas metálicas. Mercadante defendeu a administração da atual candidata ao Senado e relembrou as realizações como a criação dos Centros Educacionais Unificados (CEUs), a disponibilização de uniformes escolares.

“Nós triplicamos a verba para a educação, eu ajudei a trazer a Universidade Federal ABC, a Universidade de Osasco, também em Guarulhos, estamos fazendo uma na zona leste e na zona sul”, afirmou. O candidato do PT disse que vai fazer parceria com  o programa federal Mais Educação, para aumentar as atividades optativas nas escolas públicas nas áreas de esporte, cultura, artes e aulas de reforço em leitura, redação e matemática. “Investimento na educação é investimento e não gasto. Se nós quisermos criar uma sociedade do futuro que é a socieadade do conhecimento, São Paulo tem que liderar isso no Brasil “, defendeu.

Questionado pelo Chico Pinheiro sobre sua proposta de parceria com hospitais e clinicas particulares com verba pública, o candidato do PT afirmou que a parceria é temporária e servirá para aumentar o atendimento da população que sofre com a falta de vagas. Mercadante comparou a parceria ao Programa Universidade para Todos (Prouni), que aumentou o ingresso de alunos as universidades. “Nós precisamos aumentar as ofertas de leitos, construir oito hospitais regionais, expandir as AMEs (Ambulatório Médico de Especialidades), que são uma boa proposta, e continuar a construção das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento)”, defendeu.

Sobre a origem dos recursos e se o valor pago seria o mesmo repassado ao Sistema Único de Sáude (SUS) – pergunta formulada pela apresentadora Mariana Godoy – o candidato afirmou que a iniciativa não seria cara. Isso porque, segundo ele, a ação usaria principalmente o horário da noite, quando essas clínicas e hospitais estão mais vazios.

A entrevista de oito minutos terminou com uma pergunta sobre habitação. Segundo a apresentadora Mariana Godoy, o governo do estado promoveu a construção de 20 mil casas populares em cerca de um ano enquanto o governo federal alcançou 3 mil unidades. Mercadante respondeu que, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, estão sendo contruídas 114 mil moradias, contratadas pela Caixa Econômica Federal. “São cinco vezes mais do que o governo estadual”. O candidato defendeu o investimento na habitação no centro da cidade que já conta com infraestrutura, como transporte e saneamento básico.

Nesta terça-feira (14) é a vez do condidato Celso Russomanno (PP). Geraldo Alckmin participa na quarta (15) e Paulo Skaf (PSB) na quinta (16). As quatro entrevistas são ao vivo, já as participações dos candidatos Fábio Feldmann (PV) e Paulo Búfalo (PSOL) serão gravadas e apresentadas na sexta (17) e no sábado (18).

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