Em debate, Helio Costa desqualifica autor de acusações

Encontro de candidatos ao governo de Minas Gerais foi marcado por ataques entre os principais candidatos

Costa, durante debates, ficou na defensiva e tentou contra-atacar Anastasia, que lidera as pesquisas (Foto: Leonardo Lara/Aldeia-Divulgação

Rio de Janeiro – O debate entre os candidatos ao governo de Minas Gerais, realizado na noite de quinta-feira (16) pela TV Bandeirantes, teve como destaque a troca de acusações. As denúncias que tiveram mais espaço foram relacionadas com o suposto uso de propinas por parte da campanha de Helio Costa (PMDB) vindas de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em sua defesa, Costa defendeu a investigação do caso “pela Polícia Federal , pelo Ministério Público e o Judiciário”. Ele negou envolvimento e disse que as acusações são eleitoreiras. “Esse tipo de denúncia sempre aparece quando as eleições se aproximam. É uma campanha difamatória contra nossa candidata (Dilma Rousseff, do PT) , que está em primeiro lugar, disparada nas pesquisas”, rebateu.

O candidato lembrou ainda que a única fonte de acusação esteve presa por dez meses. Antes do programa, Costa havia publicado nota afirmando que iria processar o empresário responsável pela denúncia.

O peemedebista está sob a acusação de ter envolvimento com o pedido de propina ao empresário Rubnei Quícoli, que pediu um empréstimo ao BNDES para financiar um projeto de energia. O caso foi publicado no jornal O Globo. De acordo com o empresário, esse dinheiro seria usado para financiar a campanha de Dilma Roussef à presidência e a de Helio Costa.

Em outros momentos do debate, Costa e Antonio Anastasia (PSDB) trocaram acusações. O candidato do PMDB criticou o tucano por se manifestar contra a presença de Lula e Dilma na campanha mineira. Anastasia respondeu que a acusação era infundada e que acreditava na continuidade do bom relacionamento entre os governos mineiro e federal.

Como já havia acontecido no primeiro debate, a Lei Kandir – que isenta produtos destinados à exportação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) –, que causa impacto negativo na arrecadação de Minas Gerais, voltou à tona. Helio Costa responsabilizou o PSDB pela aprovação da lei, ainda no governo FHC. Anastasia rebateu dizendo que nos últimos anos, nem o PT nem o PMDB (coligados no estado) tentaram mudar a norma, mesmo com maioria no Congresso.