Brasil e Argentina assinarão acordo para construção de reatores nucleares

São Paulo – Brasil e Argentina vão assinar na segunda-feira (31) um acordo para construção de um reator nuclear multipropósito. Como o nome sugere, o reator pode ser usado para […]

São Paulo – Brasil e Argentina vão assinar na segunda-feira (31) um acordo para construção de um reator nuclear multipropósito. Como o nome sugere, o reator pode ser usado para várias finalidades, também para a área médica, informou nesta sexta-feira o Itamaraty.

Esse e outros acordos devem ser assinados durante a primeira viagem internacional da presidente Dilma Rousseff. Ela encontrará com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, no dia 31, em Buenos Aires.

O subsecretário-geral do Departamento da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Antonio Simões, afirmou que Argentina e Brasil têm propósitos comuns de programas de desenvolvimento nuclear. “A ideia é trabalhar no desenvolvimento pacífico e de acordo com a visão da comunidade internacional”, disse Simões.

Ele afirmou que há ainda um período para aprofundar as discussões sobre a parceria. “O projeto como um todo deve levar cerca de 5 anos para ser concluído”, afirmou o embaixador. “Tudo o que se refere à instalação de energia nuclear, tanto no Brasil como na Argentina, está sujeito [a uma legislação internacional]”, acrescentou ele. A ideia é que cada país construa o próprio reator a partir de projetos comuns.

O diplomata ressaltou que o projeto de construção dos dois reatores de pesquisa é objeto de longa negociação. Mas ainda não foram definidos os valores para investimentos compartilhados. Por enquanto, os técnicos analisam a parte de elaboração do convênio.

Na manhã da próxima segunda-feira, Dilma vai se reunir com a presidenta Cristina Kirchner. Depois, haverá um encontro ampliado com a presença de ministros dos dois países e a assinatura protocolar de atos. Antes de retornar ao Brasil, Dilma se reúne com as Mães [Avós] da Praça de Maio, movimento de mulheres que ganhou destaque internacional por causa luta em favor da punição dos envolvidos nos crimes da ditadura militar (1976-1983) e na busca pelos filhos e netos desaparecidos nesse período.

Com informações da Agência Brasil e Reuters