faz de conta

‘Corregedoria criada por Alckmin é cortina de fumaça’, afirma deputado

Criada para investigar os casos de corrupção no Metrô e na CPTM, envolvendo agentes públicos e empresas estrangeiras, investigações estão paradas há mais de um ano

Bruno Santos/A2FOTOGRAFIA

Para deputado, órgão criado por Alckmin finge que investiga

São Paulo – Para o deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT), a Corregedoria-Geral criada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que supostamente deveria investigar as denúncias de corrupção e formação de cartel nas obras e compras de trens do Metrô e da CPTM é, na verdade, uma “cortina de fumaça” para encobrir o caso.

O deputado afirmou, em entrevista à Rádio Brasil Atual, nesta sexta-feira (20), que corregedores nomeados pediram afastamento do órgão recém-criado, por falta de condições de trabalho. “Ele criou apenas um fato político, ao anunciar que ‘estava preocupado’ com as denúncias de corrupção envolvendo o governo, e criou uma Ouvidoria que praticamente não recebia nenhuma documentação.”

Segundo Marcolino, após o indiciamento pela Polícia Federal de mais de 30 pessoas envolvidas no esquema, caberia à Corregedoria entrar com o pedido de abertura de inquérito ao Ministério Público Federal, o que não fez.

Outra questão grave, completa o deputado, é a paralisia nas obras da CPTM, do Metrô e na construção do monotrilho, desde as últimas eleições.

“Agiu para tentar ganhar as eleições e agora para tentar ficar ‘bem na fita’ começa a criar mais um factóide”, avaliou, sobre o fato de Alckmin ter anunciado romper contratos em obras de expansão da Linha 4, por conta de atrasos no cronograma.

O deputado espera a investigação e punição dos envolvidos no escândalo de corrupção e que os recursos sejam devolvidos, mas afirma que a Justiça tem adotado “tratamento diferenciado” nos casos que envolvem autoridades do governo paulista.

Ouça a entrevista completa da Rádio Brasil Atual: