Deputados paulistas do PSDB reconhecem força de Aécio Neves para 2014

Próximo a Geraldo Alckmin, tucano Cauê Macris concorda com governador, que acha cedo falar em sucessão; já Mauro Bragato deixa escapar que concorda com FHC, que está com o mineiro

Alckim, Aécio e Serra. Tucanos já debatem candidato da legenda para disputar a presidência em 2014 e mostra divisões (©Adriano Vizoni/Folhapress)

São Paulo – Ao contrário de lideranças do PSDB no Congresso Nacional, Marcus Pestana, entre outros, que não escondem a preferência pelo senador Aécio Neves (MG) como o candidato à presidência da República em 2014, parlamentares tucanos na Assembleia Legislativa adotam discurso mais cauteloso. 

No começo deste mês, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou que Aécio “não precisa de nada, de convenção, de nada. Ele será ungido como candidato”. Na ocasião, o governador de São Paulo não tardou a discordar: “Essa questão de escolha de candidato tem de ser mais para a frente. Mais para a segunda metade do ano que vem”, disse Geraldo Alckmin. 

Questionado pela reportagem sobre se concorda com o ex-presidente, o deputado estadual tucano Mauro Bragato, da base de Geraldo Alckmin no Legislativo estadual, deixa escapar: “Concordo. Se ele está falando, eu concordo”, afirmou, para, em seguida, fazer uma ressalva: “É claro que temos instâncias partidárias. Também acho que é um pouco cedo para discutir isso. Mas, de qualquer forma, [Aécio] é um grande nome e um forte candidato.”

Próximo a Alckmin, o deputado estadual Cauê Macris é mais cauteloso. “Temos de estabelecer um critério de escolha e dar oportunidade aos filiados que tenham o pleito. O Aécio é um grande nome, possivelmente um dos nomes que podem vir a ser o candidato à presidência pelo PSDB”, reconhece. “Mas nós estamos em 2012 ainda. Temos de ter muito cuidado com a maneira como conduzir isso, até para não politizar o cenário quando não é momento de se criar disputa eleitoral”. Em outras palavras, Macris tem o mesmo pensamento de Alckmin. “Concordo com o governador”, resume.

Segundo Macris, Serra não é carta fora do baralho para 2014. “É um grande líder também, que tem o direito de pleitear qualquer espaço dentro do partido”, diz. 

No primeiro semestre de 2013, o PSDB realiza convenções municipais em 24 de março. Depois, as estaduais, em 24 de março, e por fim a convenção nacional, em 25 de maio. Aécio Neves está na briga pela presidência nacional do partido, considerado um posto-chave para suas pretensões.