Reconstruir o Brasil

Começa a 13ª Bienal da UNE, maior encontro de estudantes da América Latina

A 13ª Bienal da UNE começou no Rio de Janeiro, onde cultura, arte e ciência se encontram. Ministros comparecerão em peso ao evento

DaniUee / Junior Lima
DaniUee / Junior Lima
"Nós nos mobilizamos com muita força em defesa da democracia. Nossa perspectiva agora é nos mobilizar para avanços", afirmou Bruna Brelaz

São Paulo – Começou hoje (2) a 13ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE). O maior encontro estudantil da América Latina apresentará mostras, palestras e debates científicos e artísticos. A expectativa é de receber mais de 10 mil estudantes até domingo. O local que sedia a Bienal é a Fundição Progresso, no Centro do Rio de Janeiro, ao lado dos Arcos da Lapa. O tema deste ano é “Um Rio chamado Brasil – afluentes da reconstrução e desbolsonarização do Brasil”.Toda a programação é gratuita e aberta ao público.

O primeiro dia começou com a mesa “Reconstruir o Brasil pelas mãos dos estudantes e do povo”. A presidenta da entidade, Bruna Brelaz, abriu o evento. “Nós nos mobilizamos com muita força em defesa da democracia. Nossa perspectiva agora é nos mobilizar para avanços. Não queremos mais nos mobilizar para resistir. Queremos nos mobilizar para alavancar novamente os direitos dos estudantes de ter acesso à universidade e à educação de qualidade”, afirmou.

Já a vice-presidenta da UNE, Júlia Aguiar, disse que “essa é a bienal da vitória dos estudantes! É a bienal que vai mostrar que a luta política combinada com cultura e com a produção dos nossos estudantes brasileiros vai mudar e reconstruir esse Brasil”.

Ao longo do dia, as mesas contaram com a presença do ator e escritor Gregório Duvivier; da ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos; da ministra da Saúde, Nísia Trindade; da ex-reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e futura secretária de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Denise Pires de Carvalho. A UNE ainda receberá nomes como das ministras Ana Moser, do Esporte; Marina Silva, do Meio Ambiente; Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas; Margareth Menezes, da Cultura; e Anielle Franco, da Igualdade Racial.

Valorização do ensino

Denise participou da abertura dos trabalhos. Ela defendeu a valorização do ensino superior no Brasil, o que deve ser meta do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “Temos que aumentar o valor das bolsas de permanência, das diferentes bolsas da pós-graduação, da graduação. Esse estudo já foi feito e será anunciado em breve. São dez anos sem reajuste”, disse.

O presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos, Vinicius Soares, também ressaltou a necessidade de aumento dos recursos para reajuste das bolsas e para a pesquisa no Brasil. “Foi devido à nossa potência que conseguimos resistir aos quatro anos do governo Bolsonaro, mas agora teremos uma missão muito grande, que é reconstruir o Brasil. A reconstrução nacional só vai sair quando colocarmos a educação e a ciência como fundamentais.”

A Bienal da UNE

O dia de hoje ainda contará com atividades até a noite. Às 17h, começa a Mostra Científica. A CEO da Magazine Luiza, Luiza Trajano, será encarregada de apresentar os trabalhos. No fim do dia, a partir das 19h, a presidenta da UNE estará ao lado de lideranças indígenas como Txai Suruí e Alice Pataxó para a leitura do “Manifesto pela Terra”. Então, um festival de música tomará um palco montado nos Arcos da Lapa com a apresentação da Tribo Gonzaga, dos bois Caprichoso e Garantido, da Gaby Amarantos, dos djs Funk in Rio e Duhpovo e da Doralyce.

A programação completa está disponível no site da UNE. O evento, realizado desde 1999, conta com organização, além da UNE, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a Associação Nacional de Pós-Graduandos e a Organização Continental Latino-Americana e Caribenha dos Estudantes.

Com informações da UNE e da Agência Brasil