Ciro apela para PSB ser ‘gente grande’ e lançar candidato a Presidência

Para Ciro, “time que não joga não forma torcida. Mesmo que tome de goleada” (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) São Paulo – Para combater a aparente perda de força de […]

Para Ciro, “time que não joga não forma torcida. Mesmo que tome de goleada” (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

São Paulo – Para combater a aparente perda de força de sua pré-candidatura à Presidência da República, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) reagiu. Em artigo publicado em seu site na quarta-feira (7), defendeu que seu partido precisa “pensar grande” nas eleições deste ano.

Ciro sustenta que o PSB pode ter lugar entre os quatro maiores partidos do país. “Como um adolescente que está se tornando adulto, é a hora de decidir se quer ser gente grande ou continuar pequeno, dependente de outros partidos, que, por mais aliados que sejam, não são o PSB”, compara.

O artigo é uma resposta a líderes do PSB que temem um encolhimento do partido caso estejam fora da aliança que tem a ex-ministra Dilma Rousseff (PT) como cabeça de chapa. O texto é marcado por um tom direto e repleto de comparações, seja com a vida, seja com o futebol, práticas recorrentemente usadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva – a quem, aliás, Ciro é só elogios.

O recado é à dependência em relação ao PT em nível nacional. “Está na hora de decidir se vamos alimentar a estrutura e a estratégia dos nossos aliados, ou se vamos exercer a opção que a democracia nos apresenta de concorrer com candidatos em todas as instâncias de poder no primeiro turno da eleição”, avalia. A opção de “pensar grande” e lançar candidatura própria à Presidência seria a alternativa a ser “apenas mais um dos partidos que se acotovelam em alianças pautadas pela mera distribuição de cargos e favores”.

Ele acredita que sua candidatura teria um papel de pensar o futuro do país em termos de projeto e evitar o caráter plebiscitário pretendido especialmente pelo PT. “Não acho que seja correto com o povo brasileiro reduzir o debate eleitoral a uma disputa entre a turma do Lula – na qual me incluo – e a turma do FHC”, resume. “Os problemas do Brasil são muito maiores e mais profundos do que um simples duelo entre PT e PSDB”, completa.

“A tese que defendo é que time que não joga não forma torcida. Mesmo que tome de goleada”, escreve. Ele ainda faz referência aos anos sem título de Corinthians e Botafogo (de 1954 a 1977 e de 1968 a 1989, respectivamente), quando “a torcida crescer apaixonadamente”.

“Se conseguirmos 15% que seja dos votos, significam cerca de 20 milhões de eleitores acreditando na mensagem do PSB. Se tivermos a ousadia de fazer uma campanha casada em todos os níveis poderemos eleger importantes bancadas nas assembleias estaduais, na Câmara e no Senado. Já imaginaram, então, se a nossa mensagem empolgar? E se algum dos favoritos escorregar e cair? Podemos chegar até mais longe. E estamos preparados para isso”, arrematou.

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