Em 2 de outubro

Chico Buarque: ‘A saída para a esperança no Brasil é apertar 13’

Contra o ódio bolsonarista, “seremos muito mais que nós”, disse o jurista Pedro Serrano. “Lula é o único capaz de nos tirar dessa situação”, afirmou Daniela Mercury

Reprodução/TVPT
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“É o ato da esperança sobre o medo", disse a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann

São Paulo – Em mensagem gravada, o cantor e compositor Chico Buarque abriu a Super Live Brasil da Esperança, nesta segunda-feira (26). O grande comício virtual marca a reta final da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência. “Nesse evento é permitido fotografar e filmar, mas só se postar nas redes sociais. Também está liberado cantar e ser feliz. Aqui é proibido proibir. Afinal, esse tempo ficou para traz”, disse Chico, que acrescentou. “E não se esqueçam: a saída para a esperança no Brasil é apertar 13 na urna, no dia 2 de outubro. É Lula.”

Outros expoentes da cultura popular brasileira também mandaram seus recados em vídeos gravados nos primeiros momentos da Super Live da campanha pela eleição de Lula. “Você já sabe em que eu vou votar. Vou votar no Lula”, disse Gilberto Gil. “Chega de destruição, de ódio e de violência”, clamou Fernanda Abreu.

Do mesmo modo, Arnaldo Antunes disse que essa é a oportunidade de “resgatar a democracia, a cidadania e a dignidade no Brasil, ultrapassando esse período de tanto sofrimento”.  “Essa eleição é nossa. Lula no 1º turno”, disse Chico César.

Chama da esperança

Janja Lula da Silva deu continuidade aos trabalhos. “É a chama da esperança que a gente tem que manter acessa até o dia 2. Hora de conversar com aquele vizinho, com aquela vizinha, voltar para o zap da família. É hora do amor, da união. A gente já viu coisas ruins demais nos últimos anos. Agora é hora de ir firme, com força e com fé, que a gente vai conseguir trazer de volta a esperança”. O último ato da campanha, segundo ela, “é apertar o 13 com força na urna, e mostrar que o Brasil pode ser diferente”, reafirmando o voto em Lula pela defesa da Amazônia, dos povos originários e pelo combate à fome.

Em continuidade à Super Live com Lula, o titã Paulo Miklos e Fabiana Cozza cantaram a música Lá na Minha Casa. “Lá na minha casa cabe um país inteiro. O meu povo brasileiro canta para você voltar”, diz um trecho da canção, com o refrão “Quero ver Lula lá”.

Para a presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), essa é a eleição mais importante de todo o processo democrático, porque diz respeito à sobrevivência da própria democracia. “Sem democracia, não tem conquista de direitos. Precisamos preservar a nossa democracia para que a gente realmente possa avançar no desenvolvimento desse país.”

“É o ato da esperança sobre o medo, do amor sobre o ódio, da vida sobre a morte. E tenho certeza que esse grande movimento que fizemos, e que está crescendo nessa reta final, vai ser vitorioso”. Por outro lado, Gleisi afirmou que eleição não se ganha na véspera. Nesse sentido, disse que é preciso “conquistar as pessoas” que ainda estão indecisas ou que pretendem anular o voto. Temos que mostrar que o Brasil tem dois caminhos: O caminho da prosperidade e do desenvolvimento ou o caminho do atraso.”

“Seremos muito mais que nós”

O jurista Pedro Serrano fez uma breve explicação sobre a história da democracia, desde o seu surgimento, na Grécia Antiga, até os avanços mais recentes no século 20, quando mulheres e negros conquistaram o direito de voto. Assim, ele classificou a democracia como um “tesouro, ainda insuficiente para uma sociedade justa, mas não por isso menos precioso”.

Contra a “maldade” e a “violência armada” do lado bolsonarista, “nós seremos muito mais que nós”, disse o jurista. “Seremos os cristão perseguidos pelo Império Romano. Nós seremos as mulheres mortas perseguidas na Inquisição. Seremos os revolucionários que tombaram pela transformação social. Seremos os gays e transexuais que lutaram pela igualdade. Nós seremos Zumbi e Dandara. Seremos Malcolm X e Martin Luther King, que lutaram pela igualdade racial. Nós seremos Marielle, não podemos esquecer. Seremos todos os brasileiros que faleceram pelo negacionismo de Bolsonaro na pandemia”. Para ele, mais do que um direito, o voto é um dever de todos que prezam pela decência, pela solidariedade e pela dignidade.

Democracia preciosa

Ao lado de Serrano, a cantora Daniela Mercury também ressaltou que a democracia “é preciosa demais”. No entanto, ela, que se autodenomina uma “artista da alegria”, se disse que tem estado muito triste nos últimos anos.

“Por ver meu povo tão abandonado, discriminado e desrespeitado por um governo odioso. Sinto indignação enorme por ver os artistas e a cultura atacados e censurados pelo governo federal”, ressaltou. “Sofro desde o golpe contra nossa querida Presidenta Dilma, a quem respeito e admiro muito. Sofro como cidadã, como mulher. E não durmo sabendo que tem 33 milhões de pessoas passando fome”.

A cantora destacou que o ex-presidente Lula, durante seus dois mandatos, tirou milhões de pessoas da pobreza. “Tenho certeza que ele vai fazer isso de novo. Por isso estou aqui”. Assim, Daniela destacou a fome, a pobreza o racismo, a LGBTfobia, dentre outros graves problemas, que Lula se propõe a enfrentar.

“É importante que a gente não esqueça do que se passou nesses mais de quatro anos. Ficamos marcados pelo horror, pelo autoritarismo, pela indiferença ao nosso sofrimento, pelo discurso de ódio e pelo luto coletivo. E para isso não podemos voltar jamais. Sei que o desafio é gigante, mas tenho a certeza que Lula é o único capaz de nos tirar dessa situação.”


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