Centrais sindicais fazem marcha de três horas em Brasília para pressionar governo

Marcha reúne centrais sindicais em Brasília. Fim do fator previdenciário e 10% do PIB para educação foram algumas pautas (Foto: Marcello Casal Jr/ABr) Brasília – De acordo com o diretor […]

Marcha reúne centrais sindicais em Brasília. Fim do fator previdenciário e 10% do PIB para educação foram algumas pautas (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)

Brasília – De acordo com o diretor da Força Sindical Nacional, Jefferson Coriteac, o objetivo da marcha foi “fazer com que a presidenta Dilma ouça as reivindicações dos trabalhadores”. Segundo ele, “trouxemos os trabalhadores para fazer barulho, para fazer a manifestação dos sindicatos, para dar seu grito de alerta e pedir para que ela nos receba”.

Coriteac disse que esta é a maior marcha já feita a Brasília. “Esta é a maior marcha que nós já fizemos, porque nós conseguimos organizar todas as centrais sindicais e movimentos sociais  e conseguimos trazer, do Brasil todo, mais de 50 mil trabalhadores, entre eles estudantes, homens, mulheres, enfim, o povo brasileiro”, disse.

Em seu pronunciamento o vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Vicente Selistre, disse que a marcha ficou sem ser feita por dois anos. “Deixamos de fazer a marcha porque tínhamos a certeza de que a política do companheiro Lula iria ter continuidade, mas como as portas foram fechadas para os trabalhadores, nos sentimos obrigados a fazer essa sétima marcha.”

Para o torneiro mecânico, Luís Carlos Sales, de Catalão (GO), a expectativa é que essa marcha seja decisiva para a concretização das reivindicações dos trabalhadores. “Tenho 33 anos de carteira registrada e todo ano recebemos promessas que não são cumpridas, queremos melhorias”.

Participante da marcha, a secretária da Mulher da CUT, Rosane Silva mencionou o acampamento montado desde ontem em frente ao Incra, em defesa do trabalho no campo.“É uma demonstração concreta do que a classe trabalhadora é capaz de fazer. O poder de Brasília vai ter que conviver com a força e a luta dos camponeses, de maneira permanente, até que avancemos na pauta concreta dos trabalhadores”.

Confira abaixo os itens da pauta trabalhista:

– 40 horas semanais sem redução de salário;

– Fim do fator previdenciário;

– Igualdade de oportunidade entre homens e mulheres;

– Política de valorização dos aposentados;

– 10% do Produto Interno bruto (PIB) para a educação;

– 10% do orçamento da União para a saúde;

– Correção da tabela do Imposto de Renda;

– Ratificação da Convenção OIT/158;

–  Regulamentação da Convenção da OIT/151;

– Ampliação do investimento público.

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