Quinto ato nacional

Centrais e movimentos fazem ‘esquenta’ para o grito de ‘Fora Bolsonaro’

Mutirão nacional convoca a população para os protestos de 7 de setembro. ‘Será o verdadeiro grito de independência e liberdade’, diz União dos Movimentos de Moradia

@luizrochabh / Mídia Ninja
@luizrochabh / Mídia Ninja
Ato por Fora Bolsonaro "será o verdadeiro grito de independência e liberdade que está engasgado em nossa garganta e vamos fazer todos juntos no dia 7 de setembro", destaca integrante da UMM-SP

São Paulo – Para convocar a população às ruas em protesto contra o governo de Jair Bolsonaro no dia 7 de setembro, centrais sindicais, juntamente com movimentos sociais e populares realizam o “Mutirão Nacional Fora Bolsonaro”. A iniciativa, que teve início neste sábado (28), segue ao longo desta semana. Entre as principais atividades está a panfletagem com distribuição dos 10 principais motivos para afastar o presidente da República do cargo (confira abaixo). O documento aponta as razões que tornam o governo de Bolsonaro insustentável ao promover os maiores retrocessos sociais, humanos, trabalhistas e econômicos da história do Brasil, conforme apontam as entidades.

A repórter Larissa Bohrer, da Rádio Brasil Atual, acompanhou o início dos mutirões em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde os atos de esquenta para o grande protesto nacional foram maiores. Houve também panfletagem e diálogo com a população em municípios de Pernambuco, Minas Gerais, Goiânia, Paraná e Ceará.

De acordo com o secretário de comunicação da CUT, Roni Barbosa, esse diálogo com a população é importante para unir forças. “O sofrimento do povo com a fome, a carestia, o aumento do preço dos alimentos, dos combustíveis, o desemprego está muito alto, na estratosfera… Tudo isso são motivos que levam centenas de pessoas às ruas, distribuindo materiais e convocando para as atividades do dia 7 de setembro”, explica. 

Fora Bolsonaro!

Em São Paulo, além da panfletagem, também foi realizado o ato Mil Vozes de Sampa na Praça da República, região central. Integrante da União dos Movimentos de Moradia (UMM-SP), Evaniza Rodrigues descreve como “insuportável” continuar com esse governo. Ela ressalta que Bolsonaro desdenha da morte ao enfatizar que “comprar armas de fogo é melhor do que ter comida no prato”. “Todos os anos fazíamos o Grito dos Excluídos no 7 de setembro e esse ano nos juntamos para dizer ‘Fora Bolsonaro’. O que significa ‘fora com essa política de morte’. É ela que tenta tirar as terras dos indígenas, matar por meio da pandemia e acabar com recursos das políticas sociais, inclusive de habitação. E também da crise econômica que faz com que milhões de brasileiros estejam hoje passando fome”, afirma. “Este será o verdadeiro grito de independência e liberdade que está engasgado em nossa garganta e vamos fazer todos juntos no dia 7 de setembro”. 

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