Corrida eleitoral

Campanha de Lula pede ao TSE para derrubar mais de 200 publicações com ‘fake news’

Advogados apresentam 15 ações de propaganda irregular, todas contra apoiadores de Bolsonaro que tentam influenciar o processo eleitoral com notícias falsas

hizInVideo / Pixabay
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Notícias falsas não são permitidas no processo eleitoral

São Paulo – A Coligação Brasil da Esperança, que tem como candidato o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 15 ações por propaganda irregular em razão de desinformação na internet. As ações pedem a derrubada de mais de 200 publicações com fake news nas plataformas Twitter, Facebook, Instagram, Kwai, Gettr, YouTube, TikTok, Telegram e em sítios eletrônicos.

O conjunto das fake news apresentadas à Justiça Eleitoral revela que há um grande movimento coordenado de grupos e apoiadores do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) para disseminação de notícias falsas, com o claro intuito de influenciar as eleições deste ano.

As fake news incluem: vídeos manipulando falas do candidato Luiz Inácio Lula da Silva a fim de prejudicar a imagem do ex-presidente perante os eleitores brasileiros; o uso de falas absolutamente descontextualizadas do candidato para criar narrativas falsas; vídeos cortados e editados do candidato para inferir condutas que não ocorreram; desinformações contra o sistema eleitoral; falsidades relacionadas às pesquisas de intenção de votos; áudios falsamente atribuídos a interlocutores do PT; fake news relacionadas aos eventos de campanha; entre outras notícias falsas.

Autores de fake news

Entre os atores envolvidos na disseminação das desinformações, destacam-se: o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, filhos de Jair Bolsonaro; os parlamentares Carla Zambelli, Bia Kicis, Carlos Jordy, Coronel Tadeu e Floriano Agora; o ministro das Comunicações, Fábio Faria; o cantor Roger Rocha; jornalistas como Milton Neves e Silvio Navarro; e influenciadores digitais como Kim Paim. Um ponto de relevância é a variedade de redes sociais utilizadas para compartilhar as desinformações, de modo a alcançar o maior número de eleitores e eleitoras e, assim, influenciar negativamente o processo eleitoral.

O alcance das publicações fica evidente pois há posts que chegam a 600 mil visualizações e compartilhamentos. “As graves mentiras podem confundir o eleitorado brasileiro e, consequentemente, influenciar o resultado do pleito eleitoral”, afirmam os advogados que apresentaram as ações.

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