novos alvos

Bolsonarista que fez live em cadeira de Moraes no 8 de janeiro é preso em operação da PF

Em nova fase da Operação Lesa Pátria, a Polícia Federal cumpre nesta quarta (27) outros 10 mandados de busca e apreensão contra envolvidos diretamente nos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília 

Reprodução
Reprodução
Entre os alvos de prisão preventiva está Aildo Francisco Lima. Ele é apontado como o homem que fez uma live em redes sociais no dia do ataque, sentado na poltrona do ministro Alexandre de Moraes

São Paulo – A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quarta-feira (27) o bolsonarista Aildo Francisco Lima, que fez live em cadeira do ministro Alexandre de Moraes durante invasão ao Supremo Tribunal Federal (STF). A PF cumpre ao todo três mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão contra suspeitos de depredarem, instigarem, financiarem e fomentarem os atos golpistas em Brasília. A investigação faz parte da 17ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada hoje. Nesta etapa, a polícia apura os indivíduos que diretamente promoveram violência e dano generalizado na invasão no Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF prendeu Aildo em São Paulo, onde mora, e também Basilia Batista. Ela chegou a ser detida na segunda-feira seguinte ao ato de terrorismo, mas foi liberada por “razões humanitárias”.

O terceiro alvo é uma advogada, moradora do Distrito Federal, que ainda não tinha sido detida, até o fechamento desta nota. O nome não foi divulgado pela PF. Os mandados foram autorizados pelo STF. Ao menos três são cumpridos em Goiás, onde os investigadores fazem busca e apreensão contra Danilo Silva e Lima, Osmar Pacheco da Silva e Wanderley Zeferino da Silva. Moradores de Inhumas, eles teriam agido em conjunto com um quarto investigado da mesma cidade.

17ª etapa da operação Lesa Pátria

A operação também ocorre no Paraná e em Minas Gerais, onde a PF investiga Luciene Beatriz Ribeiro Cunha. Ela é apontada como incitadora dos atos golpistas. No estado mineiro, Erli Antonio Fernandes também é alvo por ter participado da manifestação antidemocrática.

Em nota, a corporação apontou que “os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.

Ao todo, o terrorismo em Brasília já levou a 81 mandados de prisão cumpridos e 287 de busca e apreensão. Pelo menos 17 inquéritos foram instaurados.

Leia também:

Redação: Clara Assunção

(*) Com informações do g1