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Alckmin e Múcio assinam troca do n° 2 do Gabinete de Segurança Institucional

Com Lula em viagem oficial à Argentina, vice-presidente e ministro da Defesa assinam as recentes alterações na estrutura militar do governo

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Em mais uma mudança na área militar, general Ricardo José Nigri assume o posto de número 2 do GSI

São Paulo – O general de brigada Ricardo José Nigri é o novo secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, cargo que é considerado o número dois da pasta, comandada pelo ministro-chefe Gonçalves Dias. Nigri entra no lugar de Carlos José Russo Assumpção Penteado, que era considerado “braço direito” do ex-chefe do GSI e bolsonarista Augusto Heleno. Penteado será remanejado para o posto de adido no gabinete do comandante do Exército.

Conhecido como G Dias, o atual chefe do GSI pode ser o próximo a deixar o posto, segundo os bastidores de Brasília. Nigri não é alinhado a Dias. O novo secretário-executivo foi sugerido pelo próprio Exército. Era chefe de Missões de Paz e Aviação e Inspetor-Geral das Polícias Militares. É formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e foi oficial de gabinete do ex-comandante do Exército Eduardo Villas-Bôas de 2016 a 2019.

A mudança consta de ato publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na noite de segunda-feira (23), assinado pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), e pelo ministro da Defesa, José Múcio. Faz parte das mudanças das estruturas militares do entorno do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já havia declarado ter perdido a confiança em setores militares.

Instituições contaminadas

Na semana passada, após almoço com os comandantes das três Forças Armadas, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou: “Não podemos permanecer com as instituições contaminadas”, em alusão aos fardados da estrutura governamental remanescentes do governo Bolsonaro. No sábado (21), para surpresa do país, Lula demitiu o comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, por insubordinação, e nomeou o também general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.

A desconfiança de Lula com o antigo comandante do Exército vem crescendo depois do ataque a Brasília dia 8. O general Arruda teria impedido o ministro da Justiça, Flávio Dino, de desmantelar o acampamento no QG do Exército na noite do dia 8. A gota d´água foi a recusa do militar em ignorar a discordância do governo com a promoção efetivada do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e suspeito de caixa 2

Desde os atos golpistas de 8 de janeiro, dezenas de militares do GSI foram dispensados dos cargos. Como Lula está em viagem oficial à Argentina, Alckmin e Múcio estão assinando as alterações na estrutura de poder do GSI. Os generais Marcius Cardoso Netto e Carlos Feitosa Rodrigues trocaram de posto.

Cardoso – que chefiava a Assessoria de Planejamento e Gestão do Departamento-Geral do Pessoal – foi nomeado para a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI. Já Rodrigues chefiará aquela assessoria, deixando a Secretaria de Segurança.

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