"JAIR SABIA DE TUDO"

Apoiadores de Bolsonaro ‘somem’ nas redes, após prisão de ex-ministro por corrupção

Assunto está entre os mais comentados desde a manhã, com vários termos usados pelos internautas para falar da corrupção no governo

Reprodução/Twitter/CrisVector
Reprodução/Twitter/CrisVector
"Boto minha cara no fogo por ele", disse Bolsonaro sobre Milton Ribeiro, preso hoje, em mais um episódio de corrução no governo

São Paulo – Diante de novos escândalos envolvendo corrupção no governo de Jair Bolsonaro, apoiadores do presidente voltaram nesta quarta-feira (22) a tentar desviar o foco das discussões nas redes sociais. Porém, sem sucesso. O assunto mais usado por parlamentares bolsonaristas para conter a pressão que cai sobre o Planalto foi repercutir uma entrevista do polêmico Cesare Battisti por um grande jornal da mídia tradicional. Contudo, o predomínio do dia foi mesmo a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

O assunto está no trending toppics do Twitter desde a manhã. Entre os termos mais usados pelo internauta para falar da corrupção no governo estão: “Bolsonaro sabia de tudo”; “Grande dia”; “Corrupção no MEC”; “Queimou a cara”; e “Quentíssimo”.

‘Bolsonaro sabia de tudo’

Este último termo diz respeito a uma declaração do bolsonarista radical pastor Silas Malafaia. Ele prometeu divulgar um vídeo sobre a prisão de Ribeiro e de pastores envolvidos no esquema de corrupção no MEC. Segundo o líder evangélico e apoiador de Bolsonaro, será um vídeo “quentíssimo”.

Contudo, as redes aproveitaram para ironizar Malafaia e fazer referência a uma fala do também ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. Antigo defensor do presidente, hoje vive ressentido por ter sido escanteado. Weintraub afirma que Bolsonaro o abandonou porque, enquanto ministro, teria resistido pedidos do Planalto para entregar o controle do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para parlamentares do Centrão. Sobre a prisão de Ribeiro, Weintraub disse que “vão aparecer mais coisas”.

Também viralizou um vídeo de julho do ano passado, quando Bolsonaro disse: “Eu sou responsável por tudo que acontece ou deixa de acontecer nos meus ministérios”.

Velha tática

As sucessivas tentativas de bolsonaristas de levantar “cortinas de fumaça” a cada denúncia, gafe ou declaração violenta de Bolsonaro já são conhecidas na internet brasileira. Apenas para citar episódios mais recentes, foi assim, por exemplo, após a acusação do delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva de que parlamentares integrantes do núcleo bolsonarista fariam parte de uma “máfia na Amazônia”.

Nos dias subsequentes às denúncias de Saraiva, bolsonaristas apelaram para a divulgação em massa de “acusações” contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que ele teria bloqueado parlamentares no Twitter, entre outras.

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