São Paulo – A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) declarou que as eleições de 2018 sofreram com fraude. Ela fez referência ao fato do juiz Sergio Moro ter utilizado o aparato do Judiciário para impedir que Lula, então líder das pesquisas, concorresse ao pleito. Após a ação do juiz, ele acabou premiado por Jair Bolsonaro com um ministério. Desde então, o Supremo Tribunal Federal (STF) e até mesmo a ONU classificaram as ações de Moro como parciais. A partir destas referências, Kokay fez sua colocação sobre as eleições daquele ano. Contudo, bolsonaristas utilizaram a declaração da parlamentar para fortalecer um velho hábito da militância do presidente: a mentira.

Kokay disse: “Bolsonaro não seria eleito se as eleições de 2018 não tivessem sido fraudadas. Nós não aceitaremos mais nenhum tipo de golpe contra a democracia neste país”. Defensores do político distorceram a fala de Kokay. Eles aproveitaram o texto curto da deputada para retomar velhos ataques e fake news sobre insegurança nas eleições e no uso de urnas eletrônicas.

Um dos bolsonaristas que partiu para a desinformação foi o secretário especial de Cultura, Mário Frias. “Mas as urnas não são invioláveis?”, questionou em tom irônico o político. “Será que Erika Kokay consegue provar que houve fraude nas eleições?”, completou em sua conta no Twitter.

Desespero bolsonarista

A má interpretação de texto pode parecer ignorância, mas carrega em si o julgamento da maldade da desinformação. A deputada se prontificou a esclarecer sua fala, mesmo que a verdade não interesse ao lado dos bolsonaristas. “Os bolsonaristas não são honestos. Querem transformar a fraude das eleições de 2018, consequência da prisão de Lula, em questionamento das urnas eletrônicas. As urnas eletrônicas são inquestionáveis, como também o fato de que Bolsonaro só foi eleito porque Lula foi preso injustamente”.

Desesperados com a grande desaprovação de Bolsonaro e a distância do político radical para o líder das intenções de voto, Luiz Inácio Lula da Silva, bolsonaristas no Twitter intensificam a desinformação contra as pesquisas eleitorais e o sistema de sufrágio brasileiro. Diante da possível derrota, deixam claro a cada dia que não aceitarão a vontade popular.