São Paulo – A agenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve começar um giro pelo país, na semana que vem, pelo Rio Grande do Sul. Ao lado do vice, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), Lula tentará resolver a intrincada questão do palanque gaúcho. Um acordo por uma aliança ainda parece distante. A viagem de ambos ao Sul estava prevista inicialmente para esta semana. Eles também irão a Florianópolis.

Um dos principais articuladores da pré-candidatura de Lula, o deputado federal José Guimarães (PT-CE) afirma que ainda acredita na unificação no Rio Grande do Sul. “Vamos trabalhar para isso”, diz. O PSB quer a candidatura do deputado federal Beto Albuquerque ao governo, enquanto o PT defende o deputado estadual Edegar Pretto.

Depois de fechado o fundamental acordo em Minas Gerais com o candidato ao governo estadual pelo PSD de Gilberto Kassab, Alexandre Kalil, as perspectivas de Guimarães estão focadas no movimento democrático contra Bolsonaro. “A agenda do Lula a partir desta semana no Rio Grande será toda feita em nome do movimento Vamos Juntos pelo Brasil”, afirma. “Não é mais um evento do PT, é um evento que envolve todas as forças políticas, em especial as engajadas nesse movimento”, diz.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), informa em vídeo que a agenda de Lula no Rio Grande do Sul terá como temas principais educação, soberania e cooperativismo. Pimenta afirma que são áreas que marcaram as gestões da legenda no estado e do Brasil. Segundo ele, o principal ato no estado será em Porto Alegre, na quarta-feira, às 15h (vídeo).

Cenário direitista no RS

Até o momento, a corrida gaúcha é liderada por setores da direita e extrema direita gaúchas, de acordo com estudo da Paraná Pesquisas divulgado na segunda-feira (23).

Mesmo sem ter decidido se será ou não candidato, o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) aparece com 27,3% das intenções de voto, seguido pelo ex-ministro bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL), com 19,2%. Depois, vêm o ex-deputado Beto Albuquerque (PSB), com 9,5%, o senador Luiz Carlos Heinze (PP), 6,9%, e o deputado Edegar Pretto (PT), com 4,0%.

Na corrida pelo Senado, o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), está na frente, com 22,7% das intenções de voto. A ex-deputada Manuela D’Ávila tem 20,5% e a ex-senadora Ana Amélia (PSD), 20,4%. Mas Manuela teria comunicado ao PT, nesta sexta (27), que não irá disputar a vaga pelo Senado, segundo o site GaúchaZH.

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