Desinformação

TSE propõe parceria ao Telegram para combate a notícias falsas durante processo eleitoral

Plataforma chegou a ser suspensa recentemente por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, também vice do tribunal eleitoral

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O conteúdo opinativo distorce informações, acusa a matéria de "censura" e de "atacar a democracia"

São Paulo – Representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se reuniram pela primeira vez com o responsável pelo Telegram no Brasil, aplicativo que há poucos dias chegou a ser bloqueado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também vice-presidente do próprio TSE. De acordo com a assessoria do tribunal, a reunião com Alan Campos Elias Thomaz, nesta quinta-feira (24), teve o objetivo de “discutir formas de colaboração para eleições legítimas e seguras em 2022”.

Assim, a Justiça Eleitoral apresentou seu Programa de Enfrentamento à Desinformação. É um conjunto de iniciativas contra a divulgação de notícias falsas durante o processo eleitoral. Por sua vez, o representante do Telegram recebeu uma cópia, em inglês e português, de um termo de adesão. Ainda segundo o tribunal, o entendimento poderia ser basear em garantias que a plataforma formalizou ao STF.

Integridade democrática

“O TSE enfatizou (ao Telegram) a preocupação com o problema da desinformação em relação ao processo eleitoral, especialmente com o objetivo de garantir a integridade democrática no Brasil”, afirma o tribunal. Dessa forma, acrescenta, o programa consiste basicamente em um “trabalho em parceria para tornar o ambiente digital mais saudável para a sociedade e pela democracia”.

Os ministros não participaram da reunião. Pelo TSE, estiveram presentes membros da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED). E também a secretária-geral da presidência, Christine Peter da Silva; a juíza auxiliar Flávia da Costa Viana, da Assessoria Consultiva (Assec), José Gilberto Scandiucci, da Assessoria de Assuntos Internacionais e o juiz auxiliar da vice-presidência, Marcos Vargas. Já o representante do Telegram teria tido que a plataforma está “empenhada” no combate às fake news.