#EleNão

‘Vamos à luta para derrotar o ódio e pregar o amor’

Mulheres se mobilizam em diversas cidades da Europa. No Brasil, as manifestações começaram já pela manhã

Keu Silva

Mobilização em Coité, na Bahia: mulheres na luta por direitos e contra a volta do autoritarismo na política

São Paulo – No Brasil e no mundo, as mulheres estão saindo às ruas neste sábado para protestar contra a candidatura do deputado Jair Bolsonaro à presidência. “Vamos à luta para derrotar o ódio e pregar o amor”, cantam mulheres em Milão, Itália. Em Dublin, na Irlanda, as mulheres estão nas ruas gritando “ele não”, em referência à hashtag que viralizou nas redes sociais nos últimos dias (#elenão) entre as apoiadoras do movimento.

Berlim e Lisboa também registram atos contra o candidato do PSL. Já no Brasil, as manifestações começaram já pela manhã em pelo menos 28 cidades. Seis mil pessoas saíram às ruas em Vitória da Conquista, no interior da Bahia. Em Londrina (PR), mais de duas mil pessoas se reuniram. Goiânia também aderiu ao dia de atos, e começou pela manhã uma concentração com 400 pessoas na Praça Cívica.

Em Juiz de Fora (MG), cidade onde o candidato do PSL foi ferido por uma facada no dia 6 de setembro, as mulheres também se concentraram para protestar contra o fascismo.

Nas cidades que aguardam as maiores mobilizações, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, as pessoas ainda estão chegando, se concentrando. “Eu estava bem tranquila na verdade e acontece isso tudo de novo. O discurso desse homem me remete ao passado que foi muito ruim para todos. Por isso estou aqui e trouxe minha filha”, disse, do Largo da Batata, local do ato de São Paulo, Elaine Cristina Pedro. Moradora do ABC, teme que o país passe novamente por uma ditadura.

“Estou aqui para engrossar esse movimento do #EleNão em razão do absurdo que é a postura de Jair Bolsonaro em relação à democracia. Ontem (28) ele deu uma entrevista assustadora dizendo que ele não aceita o resultado das eleições se ele não for eleito. Isso não pode existir. Não vamos aceitar essa ameaça de golpe, por isso estamos aqui unidos contra Bolsonaro”, disse, de São Paulo, Adriana Carvalho, funcionária pública da prefeitura de Franco da Rocha.

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#LuiNon: Mulheres rejeitam Bolsonaro na França

 

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