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Dilma cita planos para Educação e diz que Janine no MEC é ‘feliz novidade’

Presidenta garante que não faltarão recursos para as necessidades estruturais do ministério e diz que recursos do pré-sal para Educação estão assegurados

Roberto Stuckert Filho/PR

Dilma: “Recursos do pré-sal vão viabilizar revolução na educação. O pré-sal não é promessa, é realidade”

Brasília – Em solenidade em que empossou o filósofo e professor Renato Janine Ribeiro como novo ministro da Educação, realizada na manhã desta segunda-feira (6), a presidenta Dilma Rousseff aproveitou para voltar a fazer a defesa dos programas do seu governo voltados para a área e deixar claro: mesmo com o ajuste fiscal, não haverá redução de recursos para as chamadas “necessidades estruturais” do ministério.

Dentre estas necessidades, Dilma destacou o aumento da alfabetização de crianças, incremento de atividades de ensino em tempo integral, expansão do Pronatec (programa voltado para cursos técnicos) com ênfase para o chamado Jovem Aprendiz e renovação do Fies, o fundo de financiamento de estudantes no ensino superior (com regras modificadas há poucas semanas e que, por isso, tem sido objeto de críticas por estudantes e universidades).

A presidenta, ao falar sobre a Educação, fez mais uma vez a defesa da Petrobras, uma vez que é do pré-sal que sairá boa parte dos recursos previstos nos próximos anos para a área, conforme estabelece a lei referente ao compartilhamento dos royalties do petróleo.

“O Plano Nacional de Educação estabelece um cronograma de investimentos que permitirão uma revolução no ensino nos próximos anos”, disse, ao acrescentar que 27% da atual produção petrolífera do país já é extraída dos campos de pré-sal. “A luta pela recuperação da Petrobras é minha, do meu governo e de todo o povo brasileiro”.

‘Muitos desafios’

Dilma Rousseff ressaltou que o professor Janine Ribeiro – a quem chamou de ‘feliz novidade’ para o seu governo – assume uma pasta com muitos desafios pela frente e, dentre as inovações a serem feitas nos próximos anos no Ministério da Educação, apontou entre os principais a qualificação do ensino básico, por meio da inclusão de um currículo mais integrado, professores e diretores de instituições de ensino mais bem preparados – com ampliação da formação oferecida a estes profissionais – e, por fim, estímulo ao uso de tecnologias voltadas para melhoramento da formação.

“Quem poderia ser o mais indicado para comandar todo esse processo de transformação da nossa Educação que um professor e um pensador como é Renato Janine?”, indagou, enfatizando que “não faltará ao novo ministro competência e dedicação”.

Ao fazer uma espécie de retrospectiva sobre os principais feitos do seu último governo, Dilma Rousseff lembrou a instituição de 208 campi do ensino federal e as ações para a interiorização da educação. “Para nós, a educação sempre teve dupla função: moldar uma república democrática e soberana e preparar o país para o grande desafio de crescimento e inovação tecnológica. É como pátria educadora que o país será uma nação desenvolvida e ao mesmo tempo, justa com o seu povo”, destacou.

Política educacional

A posse de Renato Janine Ribeiro foi marcada pela presença de reitores de diversas universidades, governadores, parlamentares e ministros do Executivo. A expectativa é de o respeito com que o meio acadêmico trata o professor, reabra o diálogo entre o governo e os intelectuais.

Filósofo, professor de ética e filosofia da Universidade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro é autor de 18 livros e prega uma associação cada vez maior entre Educação e Cultura. Em artigo recente, poucos dias antes de ser convidado para o cargo, ele pregou que a Educação precisa se “culturalizar”, deixando de seguir currículos rígidos e para se tornar cada vez “mais prazerosa e criativa”.

Na cerimônia, Dilma também agradeceu o apoio e a colaboração do ex-ministro Cid Gomes durante o período em que esteve no cargo e lembrou a inspiração de educadores como Paulo Freire, Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro, dentre outros, para a execução do trabalho para melhorar a política educacional no país.

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