Ministro sugere flexibilização trabalhista no comércio e no setor hoteleiro

Em conversa com empresários, Pimentel diz que é possível avançar sem comprometer direitos dos trabalhadores

De acordo com o ministro, as propostas feitas pela classe empresarial às quais teve acesso preservam os direitos que os trabalhadores brasileiros têm (Foto: Antonio Cruz/Arquivo Agência Brasil)

São Paulo – Em viagem pelos Estados Unidos, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, usou uma expressão – flexibilização de direitos trabalhistas – que costuma causar arrepios no movimento sindical. “Podemos avançar nesse campo sem comprometer um único direito trabalhista já conquistado”, afirmou na terça-feira (17), referindo-se especificamente aos setores varejista e hoteleiro. “As propostas feitas pela classe empresarial às quais eu tive acesso preservam os direitos que os trabalhadores brasileiros têm”, disse o ministro, sem detalhar ou citar tais propostas.

Pimentel participou de um evento (Retail´s Big Show), considerada a maior feira de varejo do mundo, durante o qual conversou com aproximadamente 250 empresários brasileiros do setor. Segundo o ministério, ele convocou os representantes empresariais a falar com os poderes Executivo e Legislativo para agilizar as mudanças. “Este é o momento de fazermos os ajustes, quando o Brasil vive uma situação de pleno emprego e precisa atrair o jovem que, por estar na escola ou universidade, só pode trabalhar meio período”, comentou o ministro. “Vamos adaptar um segmento da lei que vai permitir mais trabalho, renda e a melhora do atendimento ao consumidor”, acrescentou.

O ministro defendeu ainda uma uniformização do ICMS “para reduzir os gastos de energia e recursos por parte das empresas”. E falou em melhora nas condições de crédito para o setor varejista, por meio do BNDES. “Não se trata de crédito apenas para a venda, mas para o varejista equipar melhor suas lojas, investir em tecnologia e atender melhor aos consumidores.”

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