Vaccarezza minimiza críticas e diz que nada abalará base governista

Para Vaccarezza, não há crise na base de sustentação e nada “afetará” a coalizão (Foto: Gustavo Lima/ Agência Câmara) São Paulo – Ao chegar a uma reunião de líderes da […]

Para Vaccarezza, não há crise na base de sustentação e nada “afetará” a coalizão (Foto: Gustavo Lima/ Agência Câmara)

São Paulo – Ao chegar a uma reunião de líderes da base governista na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (31), o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP) minimizou as críticas recebidas por sua ação na votação do novo Código Florestal. Ele rechaçou ainda a ideia de que tenha ocorrido uma crise na base de sustentação de Dilma Rousseff na Casa e garantiu que “nada afetará” a coalizão.

Apesar da declaração de que tudo vai bem, o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), não participa da conversa. A reunião de líderes ocorre no apartamento do deputado Waldir Maranhão (PP-MA) e conta com a presença do ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio.  O partido dono da segunda maior bancada da Câmara será representado pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Se depender de mim, do Henrique Eduardo Alves (líder do PMDB na Casa) e dos demais líderes da Câmara, a crise está resolvida. Se é que a gente pode chamar de crise”, afirmou Vaccarezza. “Temos uma grande aliança e uma grande coalizão. Nada afetará a coalizão entre o PT, o PMDB e os demais partidos da base”, acrescentou.

Tanto Luiz Sérgio como Vaccarezza foram alvos de críticas na semana passada. Depois da votação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), emergiu de forma clara que a base governista estava insatisfeita com a relação entre o Planalto e o Legislativo. Seja no atendimento de demandas pontuais, seja na obtenção de reuniões e “agendas” com ministros, seja com a indicação de cargos no segundo escalão.

Vaccarezza afirmou nesta terça que conversou com Eduardo Alves antes da reunião. O teor do diálogo teria sido o de reforçar reforçou que a votação do Código Florestal “é uma página virada” na Câmara. A questão foi encaminhada ao Senado, onde deve ser apreciada.

A aprovação do relatório de Rebelo com a Emenda 164 – permite aos estados legislar sobre a ocupação de Áreas de Preservação Permanente (APPs), atribuição que hoje é exclusiva da União, e regulariza ocupações feitas nessas áreas até julho de 2008 – representou uma derrota para o governo na Casa. A imposição do revés foi garantido pela articulação do PMDB, que patrocinou a emenda contrária aos interesses do Planalto. O governo considera que esse dispositivo anistia desmatadores.

Com informações da Reuters