Como disse o negro Jesus de Nazaré, a minha vida ninguém tira. Exijo que parem de apontar as suas armas para a cor da minha pele. E tirem seu preconceito do caminho que eu vou passar com o meu valor!
Ninguém indenizará o povo trabalhador brasileiro por amargar perdas decorrentes do golpe. Nem o povo brasileiro por ter de enterrar tantos entes queridos
O Brasil, porém, continua sem respirar: não tem oxigênio em hospitais nem economia. E na política continua a operação sufoco
Há vários tipos de racismo no Brasil. Mas o desfecho é um só: crise da sociedade, impossibilidade de construir uma nação, inviabilização da democracia
É notório que o caos é o método de ação do governo. Na pandemia, na política externa, na educação, na economia, na comunicação
O Brasil de nossas autoridades não existe, mas, por causa desse inexistente país das autoridades, o Brasil que existe não é mais levado em conta.
Seu Moisés, que morreu em uma loja do Carrefour em Recife, deveria estar em casa, afinal, deveríamos todos estar em quarentena enfrentando uma pandemia. A comunicação oficial da empresa poderia ter dito a realidade dos fatos, que é: Isto é o capitalismo!
Quando todo dia tem uma cena de racismo explícito, sempre violento e, por vezes, assassino, a fala de Jesus ganha o cenário
Tudo isso enquanto enterramos nossos mortos, e enquanto o Judiciário, que poderia impugnar esses crimes, ainda está entre os motivadores desse tempo obscuro