Visita a túmulo de sionista nunca entrou na agenda de Lula, diz Presidência

Lula e dona Marisa durante visita ao Museu do Holocausto (Yad Vashem). Agenda cheia, segundo assessoria do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert/PR) A visita ao túmulo de Theodor Herzl, fundador do […]

Lula e dona Marisa durante visita ao Museu do Holocausto (Yad Vashem). Agenda cheia, segundo assessoria do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A visita ao túmulo de Theodor Herzl, fundador do movimento sionista, nunca esteve na agenda da comitiva do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva a Israel. Segundo a assessoria do Planalto, a atividade sequer chegou a ser listada em versões preliminares.

O fato de não ter sido realizada a visita ao túmulo do jornalista austríaco – cujo aniversário de 150 anos está sendo comemorado pelo governo de Israel – tornou-se motivo de polêmica em Israel. O ministro das relações exteriores, Avigdor Lieberman, deixou de receber o colega brasileiro, Celso Amorim, como recomenda o protocolo diplomático. Lieberman é membro do ultranacionalista Yisrael Beitenu.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, a agenda de uma visita oficial é definida com semanas ou meses de antecedência. Além de encontros com chefes de Estado, da oposição, outras atividades são sugeridas para a estadia do presidente. A depender da duração da visita e das possibilidades de execução logística, são definidas – em comum acordo – o que consta na programação.

No caso da viagem ao Estado de Israel, a visita ao túmulo de Herzl chegou a ser incluída na relação de sugestões para a viagem. Segundo a assessoria, havia atividades para três dias, mas o presidente Lula permaneceria apenas um dia e meio no país. Desde a primeira versão da agenda, o túmulo não foi selecionado e nem o Ministério das Relações Exteriores israelense insistiu em sua inclusão.

O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, qualificou a reação de Lieberman como “descortesia”. O episódio “não compromete o sucesso da visita a Israel”, segundo o assessor. “O presidente Lula tem mais coisas com o que se preocupar do que com esse assunto”, minimizou.

Lula sofre críticas de setores da imprensa israelense por manter relações com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. O iraniano tem posições negacionistas em relação ao holocausto e mantém um programa nuclear duramente criticado pelo Estado israelense e pelos Estados Unidos.

Com informações da Agência Brasil