Lula recebe líderes da América do Sul para retomada da cooperação no continente
Após quatro anos classificado com pária, o Brasil confirma retorno ao cenário internacional. Agora, em reunião de cúpula continental
Publicado 30/05/2023 - 10h10
São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe, na manhã desta terça-feira (30), os presidentes dos países da América do Sul e um representante do governo do Peru, no Palácio Itamaraty. A iniciativa do líder brasileiro indica o esforço de retomada e normalização das relações com os países da região e a cooperação no continente, depois de quatro anos do governo de Jair Bolsonaro (PL), período em que o Brasil foi classificado como pária.
A atual presidente do Peru, Dina Boluarte, não virá por questões internas em seu país. Em fevereiro, houve uma tentativa fracassada de autogolpe de Estado por parte do ex-presidente Pedro Castillom. Ela será representada pelo presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otárola.
Além da retomada da cooperação, a reunião de Lula com líderes da América do Sul inclui questões de infraestrutura, saúde, meio ambiente, energia e combate ao crime organizado nas fronteiras. Pela manhã os chefes de governo serão recebidos por Lula e depois farão discursos na abertura da reunião.
Conversa informal com Lula
À tarde haverá uma conversa prevista para ser informal, com acompanhamento dos ministros de Relações Exteriores. O encerramento da cúpula da América do Sul será também no Palácio Itamaraty, a partir das 18 horas. Será oferecido um jantar pelo presidente brasileiro e a primeira dama, Janja da Silva, aos chefes de governo.
Ontem, Lula recebeu o venezuelano Nicolás Maduro, o primeiro a chegar, o que classificou como “momento histórico”. O venezuelano não visitava o Brasil desde 2015, quando veio para a posse do segundo mandato de Dilma Rousseff (PT). Durante o governo Bolsonaro, as relações com os venezuelanos foram cortadas.
Participarão do encontro nesta terça os seguintes presidentes:
- Alberto Fernández (Argentina)
- Luís Arce (Bolívia)
- Gabriel Boric (Chile)
- Gustavo Petro (Colômbia)
- Guillermo Lasso (Equador)
- Irfaan Ali (Guiana)
- Mário Abdo Benítez (Paraguai)
- Chan Santokhi (Suriname)
- Luís Lacalle Pou (Uruguai)
- Nicolás Maduro (Venezuela)