desumano

Israel mantém proibição da saída de estrangeiros da Faixa de Gaza

Nesta sexta (3), o ministro do Exterior de Israel, Eli Cohen, disse ao governo que até esta quarta (8) os brasileiros na Faixa de Gaza passariam pela fronteira com o Egito

Creative Commons
Creative Commons
De acordo com estudos, há uma queda de cerca de 96% na atividade econômica. Outros setores vitais, como agricultura, manufatura e serviços, também estão comprometidos

São Paulo – As autoridades israelenses e egípcias não divulgaram nenhuma lista de estrangeiros que estariam autorizados a deixar a Faixa de Gaza nesta segunda-feira (6). Este é o segundo dia consecutivo que nenhuma pessoa consegue deixar o enclave palestino, alvo de constantes bombardeios israelenses. Os ataques a Gaza completam um mês nesta terça-feira. Do lado palestino, são 9.770 mortos, a maioria mulheres e crianças. Entre os israelenses, cerca de 1.400.

As saídas foram suspensas após um ataque de Israel contra ambulâncias em Gaza, usadas para transportar feridos, segundo informou a agência de notícias Reuters. Autoridades egípcias, estadunidenses e do Catar disseram que estão tentando retomar a saída de estrangeiros e feridos de Gaza após o ataque às ambulâncias. 

A última lista divulgada no sábado (4) tinha o nome de 599 estrangeiros, entre esses, 386 com passaporte dos Estados Unidos, 112 do Reino Unido, 51 da França e 50 da Alemanha. Este foi o quarto grupo de estrangeiros ou residentes com dupla nacionalidade que as autoridades egípcias e israelenses, com a anuência do governo estadunidense, autorizaram a ingressar em território egípcio.

Brasileiros devem deixar Gaza até esta quarta, segundo chanceler de Israel

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, conversou com o ministro do Exterior de Israel, Eli Cohen, na última sexta-feira (3). Segundo o chanceler brasileiro, o ministro israelense deu garantias de que até esta quarta-feira (8) os brasileiros na Faixa de Gaza passariam pela fronteira com o Egito.

Um grupo de 34 brasileiros espera desde o início da guerra autorização para deixar a área de conflito. Eles estão divididos entre as cidades de Rafah e Kahn Yunis, no sul de Gaza . O brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, informou nesta segunda-feira (6) que está muito difícil achar comida e que não há água potável para beber. Já os alimentos são cozidos em fogões a lenha.  

“Cada dia é pior que o outro. Água não tem mineral, estamos tomando água encanada. Hoje 31 dias sem energia. O mais difícil agora é encontrar alimentação. Além da guerra e do bombardeiro, outro sofrimento é a comida. Muita gente passa fome”, afirmou. 

Leia também:

Da Agência Brasil