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Brasileiros reféns de Israel podem sair de Gaza amanhã

Informações de membros do governo dão conta de que os brasileiros poderão sair de Gaza após Brasil subir o tom das negociações

Agência Wafa
Agência Wafa
O exército sionista fala em "ilhas humanitárias". A ONU, em contrapartida, vê um cenário "apocalíptico"

São Paulo – O governo brasileiro aumentou os esforços para retirar os 34 brasileiros reféns de Israel na Faixa de Gaza. De acordo com informações da GloboNews, o Itamaraty argumentou com o governo israelense que as relações entre os países ficaria “insustentável” caso algo acontecesse com os brasileiros. Então, no início da noite de hoje (7), fontes do governo disseram que autorizarão a saída dos brasileiros amanhã.

Também já informaram os brasileiros sobre o retorno. O líder do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Senado, Jaques Wagner (BA), confirmou a informação. “Uma boa notícia é que tudo indica que amanhã, finalmente, os 34 brasileiros em Gaza vão sair. Eu diria que está quase confirmado, mas como tudo lá é surpresa, só confirmaria quando eles estiverem no avião”, disse à imprensa.

O avião presidencial já está no Cairo a espera para repatriá-los. A expectativa é que eles entrem na sexta lista, que deve sair amanhã. As cinco primeiras privilegiaram cidadãos de países aliados de Israel no massacre contra os palestinos, como os Estados Unidos. Enquanto isso, Israel prossegue com ataques sanguinários em Gaza. Já são mais de 10 mil mortos, mais de 60% crianças e mulheres.

Reféns de Israel em Gaza

Em Gaza, falta tudo. De acordo com relatos de brasileiros, a água é suja há dias, salgada. A comida escassa. Não há praticamente hospitais, já que Israel mantém hospitais e escolas como alvos prioritários. Desde o dia 7 de outubro, há exato um mês, Israel impede a saída dos brasileiros e tantos outros que morrem aos poucos no território palestino.

Além disso, não há lugar seguro em Gaza. Apesar de Israel dizer que concentra ataques no Norte, não poupa o Sul. Bombas chovem sobre toda região, inclusive de fósforo branco, proibida por tratados internacionais, mas que o governo sionista usa com frequência. Relatos de brasileiros dão conta de que eles estão passando mal, intoxicados pelo fósforo.

Mobilizações

Enquanto isso, no Brasil, entidades pedem o cessar-fogo imediato de Israel. Após mais de 10 mil mortes, os partidos Psol, PT e PCdoB cobram que o governo endureça contra Israel. Então, eles realizarão amanhã, às 14h, o “Ato contra o Genocídio” no Plenário 9 da Câmara dos Deputados.

“Esse ato na Câmara é uma forma de demonstração de que parlamentares, deputados brasileiros, rechaçam o que está acontecendo na Faixa de Gaza, que não aceitam o genocídio do povo palestino e que trabalham necessariamente para o cessar-fogo imediato”, explicou o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) ao portal Opera Mundi.