Contestada, inflação na Argentina voltou a subir em 2010

Índice oficial, de 10,9%, foi um dos maiores da América Latina

São Paulo – Saiu nesta sexta-feira (14) o IPC, índice oficial de inflação da Argentina, que somou 0,8% em dezembro e totalizou 10,9% em 2010, ante 7,7% no ano anterior e 7,2% em 2008. Os números são do Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos), o IBGE argentino, vinculado ao Ministério da Economia. Como costuma acontecer, o resultado foi contestado.

O presidente da CGT, Hugo Moyano, por exemplo, afirmou ao jornal La Nación que os salários deveriam subir em torno de 20%, que representaria a “inflação do supermercado”. Essa foi a variação da cesta básica, por exemplo. Consultorias privadas estimavam inflação de até 25% no ano passado.

O mesmo jornal publicou matéria sobre os índices de inflação na América Latina em 2010, que segundo os institutos oficiais chegaram a 27,2% na Venezuela, 9,23% na Nicarágua, 7,2% no Paraguai, 7,18% na Bolívia, 6,93% no Uruguai, 6,5% em Honduras, 5,82% na Costa Rica, 5,39% na Guatemala, 4,4% no México, 3,3% no Equador, 3,17% na Colômbia, 3% no Chile e 2,8% no Peru.

O Brasil é citado com a inflação de 5,91%, medida pelo IPCA-IBGE, “em um contexto econômico de pleno crescimento, com uma expectativa de crescimento acima de 7%”. O periódico inclui declaração da presidenta Dilma Roussef durante a posse: “Não permitiremos, em nenhuma hipótese, que a praga da inflação retorne para devorar nosso tecido econômico e prejudicar as famílias mais pobres”.

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