Massacre de um povo

Exército de Israel mata 250 palestinos e deixa 500 feridos em Gaza nas últimas 24 horas

Aviões de guerra e a artilharia israelenses concentraram ataques no centro da Faixa de Gaza. Segundo a ONU, 80% dos 2,4 milhões de habitantes do território abandonaram suas casas

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Destruição da Faixa de Gaza avança a cada dia, em um conflito marcado pela força desproporcional de Israel

São Paulo – Os ataques do exército de Israel em Gaza fizeram 250 palestinos mortos e 500 feridos nas últimas 24 horas, segundo informação da agência Reuters. Desde que o conflito começou em 7 de outubro, 20.674 morreram e 54.536 ficaram feridos. Mais de 70% das vítimas são mulheres e crianças.

Na madrugada de Natal, um único bombardeio contra a cidade de Khan Younis, no sul do território palestino, matou mais de 40 pessoas. Apesar da celebração de Natal, os aviões de guerra e a artilharia israelenses concentraram os seus ataques no centro da Faixa de Gaza.

Na véspera, o Ministério da Saúde palestino indicou que cerca de 70 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos bombardeios israelenses contra o campo de Al Maghazi, no centro da Faixa de Gaza.

O porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf al Qudra, afirmou que o ataque israelense ‘destruiu várias casas’ e alertou que o número de vítimas pode aumentar, dado o grande número de famílias que residem na zona.

Segundo a entidade de saúde palestina, dez membros de uma família morreram no sábado em outro atentado israelense, no campo de refugiados de Jabalia, no norte do território palestino.

Em declaração, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o seu país está “pagando um preço alto pela guerra”, referindo-se aos 156 soldados que morreram desde o início da ofensiva terrestre na Faixa de Gaza.

:: Às vésperas do Natal, população de Gaza não tem comida, nem água ::

Segundo a ONU, a situação humanitária na Faixa de Gaza, completamente sitiada por Israel, é catastrófica, acrescentando que quase 80% dos 2,4 milhões de habitantes do território palestino abandonaram as suas casas devido aos combates. 

A organização alerta ainda que a maioria dos hospitais está fora de serviço e a população enfrenta elevados níveis de insegurança alimentar.

“A destruição do sistema de saúde de Gaza é uma tragédia”, lamentou o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.


Com Reuters, Telesur e Opera Mundi


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