Espanha protesta contra reformas trabalhistas e ‘austericídio’

População invade ruas de Barcelona para protestar contra medidas do governo para combater crise financeira (Foto: CC/Wiros/Flickr) São Paulo – Centenas de milhares de pessoas participaram neste domingo (19) de […]

População invade ruas de Barcelona para protestar contra medidas do governo para combater crise financeira (Foto: CC/Wiros/Flickr)

São Paulo – Centenas de milhares de pessoas participaram neste domingo (19) de manifestações em várias cidades da Espanha contra o que os sindicatos e demais entidades da sociedade civil organizada chamam de involução dos direitos dos trabalhadores e dos cidadãos. A forte adesão às convocações aumentam as expectativas de uma greve geral nos próximos dias.

Os protestos foram convocados em protesto pelas recentes medidas baixadas pelo governo conservador do primeiro-ministro Mariano Rajoy que, entre outras coisas, diminuiu o custo das empresas para demitir trabalhadores e que permite até mesmo a redução de salários por decisão unilateral dos empregadores.
Pelo que a imprensa espanhola chama de ‘austericídio’, a população protesta ainda contra os cortes promovidos pelo governo em programas sociais e nas áreas de saúde e educação.

“Se o governo não mudar sua postura, vamos continuar e ampliar a nossa mobilização”, alerta um manifesto lido nas várias praças em que foi organizado o movimento deste domingo. Candido Mendez, secretário – geral da central sindical UGT (Unin General de Trabajadores), disse antes de iniciar sua participação no protesto de Madri que a intenção do movimento “não é confrontar (o governo e as forças policiais), mas corrigir”, num aceno de que a população quer debater medidas em comum para enfrentar a crise financeira da Europa.

Confira a galeria de fotos do El País sobre o domingo de protestos na Espanha

Segundo o diário espanhol El País, foram cerca de 500 mil manifestantes em Madri, 450  mil em Barcelona,  80 mil em Valência, e 70 mil em Gijón. Ao todo, foram 57 atos públicos organizados em várias cidades. Órgãos do governo, porém, divulgaram números bastante reduzidos sobre as manifestações.