Guerra na europa

China apoia Rússia em ‘diálogo de alto nível’. Putin acusa Ucrânia de terrorismo

“O presidente Vladimir Putin disse que a Rússia está disposta a ter um diálogo de alto nível com a Ucrânia”, afirmou porta-voz do governo chinês

© Sputnik
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Invasão da Ucrânia foi anunciada por Vladimir Putin na madrugada da quinta-feira

São Paulo – A China entrou definitivamente como interlocutora na tentativa de intermediar uma solução para a crise e a guerra entre Rússia e Ucrânia. Na manhã desta sexta-feira (25), pelo horário de Brasília, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da superpotência oriental, Hua Chunying, informou pelo Twitter que o presidente chinês havia falado com o russo Vladimir Putin. “O presidente Xi Jinping acabou de falar com seu colega russo ao telefone. O presidente Vladimir Putin disse que a Rússia está disposta a ter um diálogo de alto nível com a Ucrânia”, informou a porta-voz chinesa.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying (reprodução)

“A China apoia a Rússia na resolução do problema com a Ucrânia por meio de negociações”, afirmou ainda. Hua Chunying acrescentou que a China “defende a segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável, e defende firmemente o sistema internacional centrado na ONU e uma ordem internacional sustentada pelo direito internacional”.

Por fim, o comunicado afirma que a China “tem um compromisso de longa data em apoiar a soberania e a integridade territorial de todos os países e cumprir os propósitos e princípios da Carta da ONU”.

Barbárie

Em reunião do Conselho de Segurança do país, Putin acusou o governo da Ucrânia de neonazista e de usar civis como “escudos humanos” em meio à ofensiva da Rússia. O presidente russo conclamou os militares ucranianos a não permitir que Kiev usem seus “filhos, esposas e entes queridos como escudos humanos”.

“Neonazistas instalam armamentos pesados, incluindo lançadores de foguetes, diretamente nos distritos centrais das grandes cidades, incluindo Kiev e Kharkov”, prosseguiu. “De fato, eles agem como terroristas em todo o mundo, usam a população civil como escudo para depois acusar a Rússia das vítimas fatais entre a população. É sabido que tudo isso acontece com a recomendação dos consultores estrangeiros. Em primeiro lugar, conselheiros norte-americanos”, afirmou Putin.

Luz no fim do túnel?

A China propõe negociações que envolvam toda a comunidade internacional e defende que se assegure a segurança comum, “abrangente, cooperativo e sustentável”, com base no papel exercido pelas Nações Unidas.

Por sua vez, a Rússia estaria disposta a enviar uma delegação de “alto nível” a Minsk, na  Bielorrússia,  para negociações com a Ucrânia, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também nesta sexta-feira. E Vladimir Zelensky, o presidente ucraniano, anunciou estar pronto para discutir o status de neutralidade de seu país.

Ontem, Peskov informou que a Rússia estaria disposta a negociar os termos de rendição da Ucrânia com o presidente Zelensky, e que as condições seriam baseadas na “desmilitarização e desnazificação” da Ucrânia.