São Paulo – Os ministros da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón Bueno, e do Brasil, Celso Amorim, assinaram declaração conjunta nesta terça-feira (17), em Brasília, para formular uma ação de fronteiras para combater o crime organizado. O acordo foi firmado após reunião promovida para fortalecer a cooperação bilateral em termos de defesa.

Um plano conjunto será elaborado por uma comissão, criada com esse fim. A primeira reunião técnica da comissão deve ocorrer em fevereiro ou março, segundo Amorim. Segundo a declaração, haverá exercícios conjuntos entre as forças armadas de ambos os países e troca de experiências de monitoramento de fronteiras. “Na luta contra o narcotráfico, tráfico de armas e explosivos, um esforço comum nos fará mais fortes”, disse Pinzón Bueno.

A nota ressalta a “importância estratégica” da proteção de recursos naturais, da biodiversidade e da Amazônia. A Colômbia também oferece apoio em matéria de informação e inteligência para eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. A Colômbia chegou a se candidatar a sede do Mundial de futebol programado para daqui a dois anos e meio, mas desistiu, deixando o Brasil como candidato único.

Para a reunião de ministros da Defesa de países membros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), prevista para maio deste ano em Cartagena, na Colômbia, será levada a preocupação com o desenvolvimento e consolidação de uma indústria de defesa na região. O último encontro do gênero foi realizado em Lima, no Peru, em novembro.

Em termos de equipamentos usados para vigilância, o Brasil estuda comprar lanchas colombianas, enquanto a Colômbia já emprega aviões tucanos de transporte de tropas, de fabricação brasileira. O país vizinho deve ingressar no projeto do KC-360, um avião a jato projetado pela Embraer, em São José dos Campos (SP), na região do Vale do Paraíba.

Com informações da Agência Brasil