Guerra na Europa

Mercenários estrangeiros e terroristas de 62 países na Ucrânia ‘vão ser eliminados sem piedade’, diz Moscou

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, até esta sexta-feira 1.351 militares russos morreram na guerra, enquanto o Exército ucraniano perdeu 14 mil soldados

Reprodução/Vídeo Sputnik
Reprodução/Vídeo Sputnik
Militares e radicais nacionalistas ucranianos foram filmados durante sua rendição às tropas russas

São Paulo – Um mês depois de iniciada a “operação militar especial”, como se refere à invasão da Ucrânia o presidente Vladimir Putin, há no território ucraniano 6.595 mercenários estrangeiros e terroristas de 62 países, segundo as forças russas. Eles “vão ser eliminados sem piedade”, diz o Estado-maior do país. Segundo o Ministério da Defesa (MD) da Rússia, até esta sexta-feira (25) 1.351 militares russos morreram na “operação”. Já o Exército ucraniano perdeu 14 mil soldados e 16 mil ficaram feridos no decorrer da guerra.

O chefe de gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta sexta-feira (25) que seu país está desapontado com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “Estamos muito decepcionados, para ser honesto. Esperávamos mais coragem, esperávamos algumas decisões ousadas. Eles estão tomando decisões como se não houvesse guerra”, afirmou Andrei Yermak.

Na quarta-feira, Yermak disse que a Ucrânia não conseguirá vencer a guerra se não receber armas mais sofisticadas e apoio financeiro constante. Ele reclamou que seu país não tem recebido armamento capaze de derrubar mísseis a longa distância e nem os caças que solicitou.

Planejamento frustrado contra Donbass

De acordo com o MD russo, a “operação” segue de acordo com o programado. A pasta informou ter interceptado criptografias contendo uma ordem secreta de janeiro, do chefe da Guarda Nacional da Ucrânia, que revelava planejamento para uma ofensiva em larga escala na região do Donbass, no leste ucraniano, controlada por separatistas pró-russos. O plano foi frustrado.

Desde 2014, com a ascensão de Zelensky ao poder, após golpe que derrubou o presidente pró-Rússia Viktor Yanukovich, 14 mil pessoas morreram na região sob ataque de forças ucranianas regulares ou “nacionalistas” neonazistas, de acordo com Moscou.

Segundo o exército russo, Kiev realizou em fevereiro um grande treinamento de artilharia naquela região, que era preparatório do ataque frustrado pelas forças russas. “Já a partir de fevereiro de 2022, as tropas ucranianas aumentaram e muito os bombardeios de artilharia contra Donbass usando armamentos de grande calibre proibidos”, disse o major-general Igor Konashenkov. A Milícia Popular da República de Lugansk já teria libertado 93% de seu território, enquanto a República de Donetsk, 53%, de acordo com dados russos.

“Grande erro do Ocidente”

O MD diz considerar “um grande erro a entrega de armas a Kiev pelo Ocidente, por prolongar a guerra e aumentar o número de vítimas, mas que não afetará o resultado final”. A pasta afirma ainda que a maior parte da força aérea e o sistema de defesa antiaérea da Ucrânia foram destruídos. A Marinha ucraniana “já não existe”, segundo o ministério russo, de acordo com relato do site Sputnik Brasil.

A Defesa russa afirma que a “operação” poderia ter se limitado às regiões de Donetsk e Luhansk, no Donbass, ou ser efetiva em todo o território da Ucrânia, com o objetivo de desmilitarizar e “desnazificar” o país. A decisão pela segunda opção se demonstrou correta, afirma Moscou, que, mesmo assim, diz que o principal objetivo é a “libertação completa de Donbass”.

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