26 MIL MORTOS

Trégua em Gaza entra em pauta de reunião entre EUA, Egito, Israel e Catar

Lideranças dos quatro países reuniram-se na França para começar a traçar proposta de pausa de dois meses na agressão sionista contra os palestinos

Reprodução
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Destruição da Faixa de Gaza avança a cada dia, em um conflito marcado pela força desproporcional de Israel

São Paulo – Lideranças dos Estados Unidos, Egito, Catar e Israel reuniram-se neste domingo (28), na França, para começar a desenhar uma trégua de dois meses no massacre imposto pelos israelenses contra o palestinos da Faixa de Gaza. A informação foi publicada por jornais e agências de notícias europeus e estadunidenses. As operações militares do governo sionista de Benjamin Netanyahu já causaram a morte de mais de 26 mil pessoas, sendo cerca de 11 mil crianças e 7,5 mil mulheres. Há, ainda, aproximadamente 65 mil feridos.

Segundo a Associated Press, agência de notícias com sede em Nova York, a proposta apresentada pelos representantes dos Estados Unidos prevê a trégua dividia em dois períodos de 30 dias cada. No primeiro, o Hamas, organização política e militar que governa a Faixa de Gaza, libertaria reféns mulheres, idosos e israelenses feridos. Nos 30 dias subsequentes, seriam liberados soldados israelenses e os reféns homens. Em troca, Israel teria de aumentar a capacidade de ajuda permitida destinada à Faixa de Gaza.

Pressão e obstáculos

A reunião ocorre em meio à crescente pressão contra os governos dos Estados Unidos e de Netanyahu para que o massacre contra os palestinos seja contido. Na sexta-feira (26), o presidente estadunidense, Joe Biden, manteve conversas com o Xeque Tamim bin Hamad al-Thani, líder catari, e com Abdel Fatah al-Sisi, presidente do Egito. Em comunicado emitido pela Casa Branca, Biden e Sisi concordaram que “todos os esforços devem agora ser feitos para concluir um acordo que resulte na libertação de todos os reféns, juntamente com uma pausa humanitária prolongada nos combates”.

Já em Israel, Benjamin Netanyahu fica cada vez mais isolado no cenário internacional e enfrenta pressões mesmo dentro do próprio país. Nesta semana, dezenas de familiares dos israelenses detidos em Gaza invadiram o Parlamento israelense exigindo que o premiê trabalhe efetivamente na libertação de reféns. Pelo lado palestino, porém, o Hamas já sinalizou mais de uma vez que só aceita liberar reféns após um cessar-fogo permanente, condição não incluída nas conversas deste domingo.


* com informações do Opera Mundi