No ringue

Olimpíadas: Bia Ferreira vai atrás de mais um ouro para o boxe brasileiro

Atleta pode conquistar a primeira medalha dourada para o boxe feminino do Brasil. Modalidade já fez história em Tóquio

Wander Roberto/COB
Wander Roberto/COB
Bia Ferreira, além de ser primeira do ranking, é campeão mundial de 2019

São Paulo – Bia Ferreira sobe ao ringue na madrugada deste domingo, às 2h, horário de Brasília, em busca do primeiro ouro olímpico do boxe feminino brasileiro. Adriana Araújo, na mesma categoria de Bia, a leve (até 60 kg), foi bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, o único pódio conquistado pelas pugilistas do país até a edição de Tóquio.

Do outro lado do ringue estará a irlandesa Kellie Harrington. “Queria muito essa luta. Participamos de alguns campeonatos, mas infelizmente não chegamos a lutar. Ela é campeã mundial, tem todo o meu respeito e estou bem ansiosa para esse espetáculo. Espero sair com a vitória e mandar essa medalha para o meu pai”, disse a brasileira, logo após a disputa da semifinal, ao site do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Bia Ferreira estreou nas olimpíadas de Tóquio superando Shih-Yi Wu, de Taiwan, com decisão unânime dos juízes(5 a 0). Já nas quartas de final, passou pela uzbeque Raykhona Kodirova, também por decisão dos cinco árbitros.

Nas semifinais, Bia venceu a finlandesa Mira Potkonen, bronze nos Jogos do Rio em 2016 e uma das poucas lutadoras que já havia derrotado a brasileira no boxe olímpico. Novamente um triunfo com decisão unânime dos cinco árbitros.

Bia Ferreira, acostumada a fazer história

Nascida em Salvador e radicada na cidade mineira de Juiz de Fora, Bia mostrou interesse pelo boxe desde criança, passando a treinar orientada pelo seu pai, o ex-lutador Raimundo Oliveira Ferreira, o Sergipe, ainda hoje técnico da filha. Desde cedo seus números e títulos impressionam.

Ela chegou ao pódio em 24 das 25 competições disputadas recentemente em sua categoria. Em julho, chegou à primeira posição do Ranking Mundial da Associação Internacional de Boxe (AIBA), tornando-se a primeira atleta brasileira do boxe a alcançar o posto.

Antes, no Campeonato Mundial na Rússia em 2019, Bia Ferreira, além de se tornar campeã, foi a primeira pugilista do Brasil a ser eleita a melhor atleta de um Campeonato Mundial de Boxe Feminino.

Em Tóquio, o melhor do boxe brasileiro

Na madrugada deste sábado (7), Hebert Conceição conquistou o segundo ouro olímpico do boxe do Brasil ao nocautear, no terceiro assalto, o atual campeão europeu, o ucraniano Oleksandr Khyzhniak, que havia vencido os dois primeiros assaltos. O triunfo na categoria dos médios foi a sexta medalha dourada conquistada pelo país nos Jogos de Tóquio.

Antes de Hebert, Abner Teixeira, na categoria peso pesado, já havia conquistado um bronze. Com os dois pódios e a medalha de Bia assegurada, o boxe do Brasil igualou sua melhor campanha em número de medalhas, Londre-2012, quando saiu com dois bronzes e uma prata.


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