Contra o Agronegócio

Propostas de Bolsonaro para agricultura ameaçam segurança alimentar

Ativistas alertam que escolha dos eleitores pode definir o futuro da produção de alimentos no país e criticam que políticas de fomento aos agricultores sejam impedidas por interesses dos ruralistas

Arquivo EBC/Reprodução

Especialistas apontam ainda ligação entre os interesses do agronegócio com o candidato do PSL, que defende o Pacote do Veneno

São Paulo – Apesar de a agricultura familiar brasileira ser considerada a oitava maior produtora de alimentos do mundo, especialistas do setor alertam que a produção agroecológica está atualmente em risco e a opção dos eleitores entre os candidatos a presidente da República Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), no domingo (28), pode significar a escolha entre o avanço ou retrocesso nas políticas de segurança alimentar.

As principais ameaças à agricultura familiar passam pela resistência de setores ligados ao agronegócio que barram a criação de políticas públicas voltados ao segmento, a redução no orçamento da União da parcela destinada ao fomento da prática e a pressão pela aprovação do Pacote do Veneno, que tramita na Câmara e é defendida pelo candidato do PSL, que já declarou ser favorável à bancada ruralista e à fusão do Ministério do Meio Ambiente (MMA) ao Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento (Mapa).

“Para nós ele (Bolsonaro) representa e simboliza tudo o que tem de pior no campo brasileiro. Essa bancada ruralista que criminaliza os movimentos sociais do campo, vem para liberalizar o uso dos agrotóxicos e que foi o fiel da balança para legitimar a construir esse golpe que a gente está vivenciando hoje”, afirma a ativista contra o agronegócio Carla Bueno à repórter Ana Flávia Quitério, do Seu Jornal, da TVT.

A proposta pela redução no uso dos agrotóxicos, a defesa da agroecologia e o compromisso com a segurança alimentar apontados por Haddad, são melhores avaliados pelo membro da Frente Agroecológica do Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Delwek Matheus. “É importante que tenha política pública que proteja a agricultura familiar e a produção de alimento saudável em benefício da população”, avalia.

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