Liberdade de imprensa

Minas enviou recado ao Brasil ao rechaçar Aécio

Presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais destaca vitória simbólica de Dilma Rousseff no estado governado por 12 anos pelo PSDB

Valter Campanato/ Agência Brasil

Professores e jornalistas mineiros se destacaram no engajamento contra a candidatura de Aécio Neves

São Paulo – Para o presidente dos Sindicatos dos Jornalistas de Minas Gerais, Kerison Lopes, “Minas nasceu aliviada”, nesta manhã de segunda-feira (27). Ele destacou a importância simbólica da vitória de Dilma Rousseff (PT) no estado que enviou um recado claro para todo o país ao impor a derrota do candidato tucano no estado que Aécio Neves governou por dois mandatos consecutivos e ainda fez o sucessor (Antônio Anastasia).

O presidente do sindicato destaca o engajamento e a militância de professores e jornalistas, duas das categorias que mais sofreram durante os 12 anos de gestão tucana no estado e que, durante toda a campanha, com mobilização diária, sintetizada no slogan “Quem conhece Aécio não vota em Aécio”, alertando todo o país.

Sobre a perseguição e censura aos jornalistas mineiros, Kerison relembrou o caso do novojornal.com, único veículo que tentava quebrar o controle aos meios de comunicação, o que culminou com o fechamento do veículo e a prisão de seu proprietário, Marco Aurelio Carone, e em constantes ameaças sofridas pelo jornalista responsável Geraldo Elias, que teve documentos e equipamentos apreendidos.

A situação mostra o controle com mão de ferro que Aécio exercia em conluio com a mídia tradicional e setores do Poder Judiciário mineiro.

O jornalista fez questão de confrontar o tão propalado “choque de gestão” proposto pelo candidato do PSDB que, na educação, resultou no achatamento dos salários dos professores, que cobram a garantia do piso nacional. Reclama de más condições de trabalho, com aulas ministradas em unidades escolares improvisadas, por exemplo, em um posto de gasolina e outra em um motel.