São Paulo – Somente às 16h30 deste domingo (26) a revista Veja, da Editora Abril, se submeteu à lei e publicou, no seu site, o direito de resposta da campanha de Dilma Rousseff (PT) à reportagem caluniosa veiculada na última edição da revista. A publicação se deu após anunciado o risco de sofrer multa de R$ 250 mil por hora, já que a empresa da família Civita se negava a cumprir o direito de resposta, nos termos fixados pelo ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e ainda ironizou o juiz.

O pedido de multa foi apresentado ao TSE, neste domingo, pelo procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão. “Além do evidente menoscabo para com a Justiça Eleitoral, minimizando os efeitos da decisão liminar concedida, ao não divulgá-la na forma determinada judicialmente, a inserção do link no espaço destinado ao direito de resposta, denominado ‘Resposta do direito’, consubstancial, na verdade, reforço da ofensa que se visava reparar”, explicou o procurador-geral eleitoral.

“A revista traduz inequívoco descumprimento de decisão judicial, temperada de ingrediente de escárnio e menosprezo à autoridade da decisão emanada deste TSE, o que desafia medidas mais rigorosas e enérgicas com vistas ao seu efetivo cumprimento”, defendeu Aragão.

O crime cometido por Veja tem três responsáveis diretos: o empresário Giancarlo Civita, principal acionista da Editora Abril, o executivo Fábio Barbosa, que a preside, e o jornalista Eurípedes Alcântara, diretor de redação de Veja.

Com informações do Brasil 247