ensino público

Movimento pela Unifesp Leste faz ato neste sábado por liberação de terreno

Terreno destinado ao campus, na antiga fábrica da Gazarra, está contaminado. Prefeitura contratou laudo

Previsão era de que o campus entrasse em funcionamento neste semestre

São Paulo – O Movimento em Prol da Universidade Federal da Zona Leste (Unifesp) Leste realiza amanhã (29), às 9h, ato pela instalação do campus no futuro no terreno destinado à universidade, na avenida Jacú Pêssego, 2.630, na antiga fábrica da Gazarra, na capital paulista. O movimento reivindica a instalação de 30 cursos no local, início dos cursos de extensão, implementação do Observatório de Pesquisa, Memória e Políticas Públicas e a concessão do terreno para o campus pela prefeitura de São Paulo. A região tem 4 milhões de habitantes.

Em janeiro do ano passado, a  presidenta Dilma Rousseff (PT) e o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciaram a instalação da nova unidade. Os estudos para a viabilização do campus ficaram travados durante seis meses, de maio a novembro do ano passado. E, apesar de o início das atividades estar previsto ainda neste semestre, o terreno não foi liberado porque está contaminado. A prefeitura contratou uma empresa para realizar um laudo com plano de descontaminação, que será entregue para a Cetesb.

Enquanto o terreno não é liberado para início das atividades do campus, os ativistas reivindicam que as aulas comecem em um prédio alugado.

Nos dias 5 e 6 de maio em Brasília, no Palácio do Planalto, o movimento participa da 25ª Caravana dos Movimentos Populares da Zona Leste e realiza ato pela imediata instalação do campus.

A ideia da criação do campus Leste surgiu de um estudo realizado pela Unifesp, que identificou a carência de ensino superior público na região. Além disso, metade dos cursos locais é direcionada às áreas de ciências sociais aplicadas ou multidisciplinares, o que levou a universidade a planejar cursos ligados a temas da cidade e mobilidade, de engenharia e saúde para o novo campus.

O movimento é formado por moradores da região, na maioria jovens que se organizaram livremente, e conta com o apoio da vereadora Juliana Cardoso e do deputado estadual Adriano Diogo, ambos do PT.