Estudantes que ocupavam prédio da Unifesp em Guarulhos são detidos

São Paulo – A Polícia Militar e a Polícia Federal prenderam 41 estudantes durante a desocupação de prédio da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A ação foi realizada para […]

São Paulo – A Polícia Militar e a Polícia Federal prenderam 41 estudantes durante a desocupação de prédio da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A ação foi realizada para dar cumprimento a ordem de reintegração de posse emitida hoje (6) pela Justiça Federal a pedido da Unifesp contra os alunos, em greve desde o final de março para cobrar melhores condições no campus.

Em nota, a 1ª Vara Federal em Guarulhos manifestou que foi aceita a argumentação da universidade por conta de “documentos que demonstram que parte das reivindicações feitas pelo movimento estudantil está sendo atendida, como início da construção do prédio central, moradia para estudantes, garantia de diversidade e qualidade de alimentação, transporte de qualidade entre outras”. A decisão manifesta ainda que não se deve ocupar um prédio público para reivindicar “critérios ou irregularidades na gestão administrativas da universidade”.

Em nota emitida antes da ação policial, os estudantes haviam manifestado discordar da decisão, dado que a negociação com a universidade não havia se alterado, e que a interferência do Estado em um tema social não poderia ser aceita. “Esta decisão contraria outra, tomada alguns dias atrás. Nela, ficou desautorizado o uso do aparelho repressivo do Estado porque esta medida não resolveria o problema da instituição e, ainda por cima, obrigou a Unifesp a prestar esclarecimentos sobre as melhorias no campus reivindicada pelos estudantes.”

Também em nota, a reitoria da Unifesp reclamou da postura dos estudantes. “A invasão do campus, com a depredação das instalações, não é forma legítima de manifestação ou reivindicação. Trata-se de conduta absolutamente contrária ao sistema constitucional e ao Estado Democrático de Direito. Ao contrário de resolver o problema, a ocupação do prédio só agravou a rotina acadêmica e administrativa da Unifesp”.

Com informações da Agência Brasil.