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Unesp suspende expulsão de 17 alunos que ocuparam reitoria

Apesar disso, eles ficarão suspensos das aulas por seis meses. Durante a reunião do Conselho Universitário, houve ato dos estudantes reivindicando a suspensão da medida

Divulgação

As expulsões iniciaram uma campanha pela reintegração dos expulsos, encabeçada por parlamentares e alunos

São Paulo – O Conselho Universitário da Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) decidiu hoje (7) reverter a expulsão de 17 alunos ligados ao movimento estudantil do campus de Araraquara (a 237 quilômetros de São Paulo), que havia sido anunciada em fevereiro. Apesar disso, eles ficarão suspensos das aulas por 180 dias, a partir da publicação no Diário Oficial do Estado. Durante a reunião do conselho, que ocorreu na reitoria da universidade, no centro da capital paulista, alunos realizaram um ato em frente ao prédio reivindicando a suspensão da medida.

As expulsões, decididas por uma Comissão de Sindicância Administrativa instaurada em agosto do ano passado, deram origem a uma campanha pela reintegração dos expulsos, encabeçada por parlamentares e alunos, entre eles o deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) e o então deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP).

Quatorze dos 17 expulsos haviam participado da ocupação da diretoria da Faculdade de Ciências e Letras (FCL) no ano passado. O local permaneceu ocupado por estudantes por 21 dias, entre maio e junho de 2014, após decisão aprovada em assembleia estudantil, em protesto contra a expulsão de 38 alunos da moradia estudantil.

Os estudantes permaneceram no local até a reintegração de posse, realizada pela Tropa de Choque da Polícia Militar às 4h30 de 20 de junho. Estavam no local 15 pessoas, sendo 14 estudantes da Faculdade de Ciências e Letras que foram expulsos. Os outros três expulsos militavam no movimento estudantil.

Em nota, a Unesp informou que a Comissão de Sindicância apurou a invasão e ocupação das salas da diretoria e vice-diretoria, sala das secretárias, salas de espera da diretoria e vice-diretoria, sala de reunião e a copa do prédio. “De acordo com a comissão, os alunos cometeram as infrações disciplinares tipificadas nos incisos II, III, IV, VII, IX, X e XI do artigo 161 do Regimento Geral da Unesp. Durante a sindicância, os alunos tiveram direito à ampla defesa e ao contraditório.”

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