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Contra sucateamento, estudantes e trabalhadores da USP promovem ‘trancaço’

Manifestantes impediram a entrada no campus da USP para chamar a atenção para as más condições dos equipamentos da universidade

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Desde o início da manhã, estudantes e funcionários da USP fazem ‘trancaço’ contra sucateamento

São Paulo – Estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) bloquearam os portões de acesso ao campus Butantã, na zona oeste da capital paulista, desde as 5h de hoje (9). O “trancaço” é um protesto contra o sucateamento da universidade, pela contratação de professores e em defesa de reajuste de 12,34% para os funcionários. Apenas a entrada do Hospital Universitário permaneceu aberta para garantir o atendimento à população.

A USP conseguiu liminar para proibir o “trancaço” no campus. A decisão judicial estabeleceu multa diária de R$ 10 mil para o Sindicato dos Trabalhadores da USP e o Diretório Central dos Estudantes Livres. A PM tentou liberar os portões, mas os estudantes e funcionários, de mãos dadas, impediram. Não houve confronto.

Segundo a repórter Anelize Moreira, da Rádio Brasil Atual, estudantes e funcionários exigem que o reitor da universidade, Marco Antonio Zago, negocie a adoção de cotas raciais e sociais na instituição e o fim de corte de pontos de funcionários em greve, que atinge hoje mais 80% dos cursos. Os funcionários da instituição estão em greve desde 12 de maio, e os professores, desde o dia 30.

Com faixa com os dizeres “nossos empregos e salários, nossa saúde e educação, defenderemos com luta”, os manifestantes também protestam contra o sucateamento dos hospitais e refeitórios da universidade. O estudante Caio Lourenço classifica a mobilização como “a maior greve da história” e afirma que até cursos que historicamente resistem ao esforço de greve, como os institutos de Farmácia, Química e Veterinária, dessa vez também estão parados.

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